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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Estou Nesses Mares De Verde-Anil – Sou Brasil...

Estou nas cordas da viola
No repente do trovador
No peito que faz a trova
No sorriso do cantador

Estou no fole da sanfona
No repique da zabumba
No triângulo que se soma
Com a poeira da bagunça

Estou na gaita que se escancara
Na bombacha que me acompanha
No minuano que gela a cara
No orgulho de minhas campanhas

Estou no samba batido nas mãos
No pé que dança com tanto prazer
Na batida quente da percussão
Estou no couro que vai comer

Estou na pedra da poesia
Nos navios negreiros de além mar
Nas canções de exílio e agonia
Nas canções de caminhar e cantar...

Estou na pele escura de meus irmãos
Nos olhos puxados dos orientais
Estou nos traços dos índios desse chão
Nos loiros cabelos dos ocidentais

Estou no prato de arroz com feijão
No churrasco dos velhos pantanais
Estou no ensopado de peixe e pirão
Nos temperos e cheiros de nossos quintais

Estou no semblante do velho marinheiro
Estou na luta do operário industrial
Estou na massa que faz o padeiro
Estou na massa de cimento e cal

Estou no suor que cai do trabalho
Estou no prazer de jogar futebol
Estou nos palcos e em seus ensaios
Estou nas praias tomando um sol

Estou na mente de todo nativo
Estou nesses mares de verde-anil
Estou nas palavras que agora digo
Eu sou meu país amado - Brasil!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A Cor Do Amor – Coloriu E Me Cegou...

A cor do amor me cegou
Fez azul céu de nuvens cinza chumbo
Naveguei como num mar que se acalmou
Era tempestade que engolia o mundo

Fez-se verde um atalho de espinhos
De mil cores tantas voltas sem ter fim
Viajei num arco-íris maus caminhos
Me perdi sem nem saber o que era de mim

O amor me cegou completamente
Fez-me dócil quando tinha que ser firme
Fez-me manso quando tinha que ser valente
Fez-me ficar quando o certo era ir-me

O amor me cegou
E de cores encheu-se meus dias
Sem arrepender-me sei que sou
Alguém que conheceu a alegria.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Mais Sobre Temperos - Segredos Emocionais...

Pensei traduzir-te tal qual
Pequenas porções que conheço
Reconheço-te no açúcar no sal
Na paz acho teu endereço

Sobre contas mensais somar cotidiano
De madrugadas viagens musicais
Nem sempre dizer “eu te amo”
Mas sempre dizer “quero mais”

Melhor não dizer demais segredos
Demais conceitos emocionais
São nossos mais íntimos temperos
Pra não haver dias iguais...

Doze Meninos - Companheiros de Destino...

Subindo a rua do parquinho
Chega-se à biblioteca em doze passos
Um pra cada mês, um pra cada menino
Pequeninos na areia sem sapatos

Subindo a rua ouvi seus gritos
Januário, o protetor dos lares, tão alegre e inaugural
Traz ao braço Febreiro, o pequenino,
Que vem em purificação, vem em carnaval

Marçal tal qual um Deus Guerreiro
Traz imensa primavera em harmonia
Enquanto Aprus se faz pascal festeiro
E o amor é pra sempre alegria

Bona Dea é o quinto menino, o mais bonito
É a fertilidade dos campos imensos em abundância
Juno Lucina de São João traz em sua calenda mais meninos
Um dia só de amor e dedicação às crianças

Antes Quintilis depois Julio de São Tiago
Amadurecido tempo de colheita farta
Augusto nasceu da inveja do rei dos soldados
Agosto de Santa Maria e férias largas

Boedromion se fez independente
Sete dias antes das nonas desse mês comemora
Oitubro traz as chuvas de repente
Traz outono feito menino que chora e em vermelho desfolha

O décimo primeiro é dos santos de São Martinho
Que em novembro traz o frio em grande tropel
Dezembro o nascimento de Jesus pequenino
Que se alonga em festas para o Papai Noel

Doze meninos festivos
E essa minha observação nada discreta
Eles lá cada qual com seus motivos
E eu passando para ir a biblioteca.

Do Outro Lado – Acho-me Apaixonado...

Do outro lado da rua
Tem um sorriso
Que brilha feito a lua

Que invade meus espaços
Toma-me os sentidos
Segue-me os passos
Leva-me a loucura

Lá do outro lado
Tem um sorriso
Que me traz enfeitiçado

Leão feito gato de casa
Dragão em redoma de vidro
Falcão pelo chão sem abrir as asas
Um coração quando apaixonado.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Salve, Amigos!

Uma música minha sobre os violeiros,
sobre o Pantanal,
sobre a esperança.

É só baixar:

http://www.badongo.com/audio/11561427

Rangel Castilho - Água de Cacimba

sábado, 27 de setembro de 2008

Com Final Feliz - A Noite Passou Em Mim...

A noite passou em mim
Como infância boa
Como filme com final feliz
Como uma tarde de fina garoa

Passou assim como cheiro de bolo
Como pão de queijo assado na hora
Como ver tudo de novo
Como colher raios da aurora

Assim como passam as nuvens do céu
Andorinhas que migram pro sol
Como abelhas fabricam o mel
Assim como cantam os sabiás no milharal

A noite passou em mim
Corpo e alma sobre nós
Calma de veleiro num mar sem fim
Sabor de seu beijo me tirando a voz

Amor Sentimento Maior - O Teu Significado Melhor...

De frio pé-de-vento ventou
Precoce a parreira pariu
O pé de caju caducou
Meu pé quebrado sentiu

De frio congelou o bigode
Na boca derradeiro quentão
Pedi São João me socorre
Sozinho nessa procissão

De frio bate o queixo teimoso
Sem eira estribeira calar
Choraminga meu peito queixoso
Seu rosto que não vejo ao passar

De frio a adega esvazia
Enfim entrega o meu coração
Cabeça que gira e rodopia
Em álcool anestesiado pendão

Você:

Sinônimo, norte e destino
Estrada, manche e verdade
Metrônomo, sorte e caminho
Amada, amante e saudade...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Alzheimer - Se Bem Me Lembro (Lembranças De Menos)

Um lugar parado no tempo
Cheio de lembranças empoeiradas
Avisos em neon piscando lentos
Buracos entranhados feito estradas

Um lugar velho e aconchegante
Cheio de rostos, figuras e lugares
Uma letra antiga de um hit dançante
E um prédio de cinco andares

Uma guitarra jogada num canto qualquer
Tardes com a turma no Bar Beira Rio
O primeiro beijo e a primeira mulher
O primeiro cigarro, o primeiro vício

Um lugar que hoje é só meu
Pessoas que já não reconheço
Às vezes penso que o mundo enlouqueceu
Tudo que lembro é que sempre esqueço

Usinar A Vida - Desequilibrar A Balança Com Mais Uma Medida...

Usinar o céu azul
A grama verde em pasto sem fim
Usinar o tuiuiú
O carandá e os seus ninhos de passarim

Usinar corixos
Água de planalto escorrendo planície adentro
Usinar os bichos
Suas penas seus bicos, pelos, ar e ventos

Usinar o chão
A toca da onça e o buraco do tatu
Usinar a união
Os lobos e jacarés e veados e caititus

Usinar a vida
Interromper o choco, a parida e o nascer
Usinar a lida
O temperar dos dias de ensinar e aprender

Usinar o perigo
Desequilibrar a balança com mais um risco
Usinar um abrigo
Destruir um bioma por simples capricho


Usinas Sim, Não no Pantanal!!!

Uma Vida A Cem - Uma Vida Sem Ninguém...

Nem bem o sol apontou seus raios
Nem bem o raio me esquentou
Nem bem o cheiro chegou ao faro
Meu bem já me agarrou

Nem bem o bule soltou fumaça
Nem bem a cama me acordou
Nem bem a chama se fez em brasa
Meu bem já me acarinhou

Nem bem o bonde levou lembrança
Nem bem o circo se desmontou
Nem bem o trinco reforçou a tranca
Meu bem já me desprezou

Nem bem o dia virou pôr-do-sol
Nem bem a noite se fez em breu
Nem bem o carro acendeu farol
Meu bem já me esqueceu...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Caleidoscópio - Flores e Dores...

Através da lágrima ver o arco-íris
No gosto do pranto saber o mar
Através da esperança superar as crises
No gosto do beijo o verbo amar

Através do sorriso aplacar a aflição
No gosto do sangue vislumbrar a cura
Através da tristeza moldar a compaixão
No gosto do sal alcançar a doçura

Através dos tempos lapidar a vida
No gosto da vida aprender o perder
Através da perda saber a conquista
No gosto da vitória saber o poder

Através de tudo aprender
Do gosto saber o sabor
Através de mim vir você
Do gostar de você o amor

To Dentro Do Teu Olhar - E Só Quero Navegar...

To dentro do teu olhar
Janela aberta aos ventos
Navego nesse teu mar
Inundo-me desse sentimento

To dentro do teu olhar
Braço aberto em acolhimento
Adormeço nesse embalar
Descanso em contentamento

To dentro do teu olhar
Tocado por teu calor
Navego nesse teu mar
Navego em teu amor

terça-feira, 15 de julho de 2008

Revendo Tuas Fotografias - À Mercê Dos Dias...

De uma risada descartei dois naipes tristes
Um sábado de despedida
Um domingo de chuva intensa.

Agora são fotografias
Recortes digitais
De uma saudade imensa

(depois disso fiquei à mercê dos dias...)

É como deitar sob cobertores grossos
Sufocar o frio cortante que atravessa o peito
Acreditar que finalmente posso
Viver daqui pra frente de outro jeito.

A Espera – De Você...

Esperava só uma palavra
Talvez uma carta
Um aceno, um sinal.
De você eu esperava
Um cartão postal
Um bilhetinho
Grudado com durex no mural
Encontrar um sedex
Em minha caixa postal
De você eu esperava
Mas você não mandou não
Chegou tão inesperada
E me deu seu coração

Doze Meninos - Companheiros de Destino...

Subindo a rua do parquinho
Chega-se à biblioteca em doze passos
Um pra cada mês, um pra cada menino
Pequeninos na areia sem sapatos

Subindo a rua ouvi seus gritos
Januário, o protetor dos lares, tão alegre e inaugural
Traz ao braço Febreiro, o pequenino,
Que vem em purificação, vem em carnaval

Marçal tal qual um Deus Guerreiro
Traz imensa primavera em harmonia
Enquanto Aprus se faz pascal festeiro
E o amor é pra sempre alegria

Bona Dea é o quinto menino, o mais bonito
É a fertilidade dos campos imensos em abundância
Juno Lucina de São João traz em sua calenda mais meninos
Um dia só de amor e dedicação às crianças

Antes Quintilis depois Julio de São Tiago
Amadurecido tempo de colheita farta
Augusto nasceu da inveja do rei dos soldados
Agosto de Santa Maria e férias largas

Boedromion se fez independente
Sete dias antes das nonas desse mês comemora
Oitubro traz as chuvas de repente
Traz outono feito menino que chora e em vermelho desfolha

O décimo primeiro é dos santos de São Martinho
Que em novembro traz o frio em grande tropel
Dezembro o nascimento de Jesus pequenino
Que se alonga em festas para o Papai Noel

Doze meninos festivos
E essa minha observação nada discreta
Eles lá cada qual com seus motivos
E eu passando para ir a biblioteca.

Dá-me O Que Sou - Ao Menos O Que Restou...

Dá-me o restante de mim
O que ficou pela varanda
Na estante e na grama do jardim
No tapete da sala e em nossa cama

Devolve-me pequenos tesouros
Teu olhar que vale viagens
Na bagagem um blusão de couro
E as mais lindas paisagens

Devolve-me ser feliz
As lágrimas que choramos
O beijo com gosto de anis
O dia que nos apaixonamos

Dá-me só o que me resta
A minha paz
Meus dias de festa
E se não for capaz
Chama-me depressa
E não me deixe nunca mais...

Brasileiro - Quando For Dono De Mim Mesmo...

Lembrei-me de quem sou, finalmente
Algo entre a sede e o afogamento
Um tanto de fome, um pouco semente
Gado em passo dolente para o abate
Como se tudo fosse fingimento

Sei, entretanto que trago ao peito
Essa lágrima de alegria tanta
Esse grito de não ter palavras
Gado em passo dolente para o abate
Como se tudo fosse um mantra

Lembrei-me que sou brasileiro
Dono hipotecado de tanto Amazonas
Arrendatário de vidas futuras e do planeta inteiro
Gado em passo dolente para o abate
H2o que me faz falta e me deixa a cabeça zonza...

Amor Sentimento Maior - O Teu Significado Melhor...

De frio pé-de-vento ventou
Precoce a parreira pariu
O pé de caju caducou
Meu pé quebrado sentiu

De frio congelou o bigode
Na boca derradeiro quentão
Pedi São João me socorre
Sozinho nessa procissão

De frio bate o queixo teimoso
Sem eira estribeira calar
Choraminga meu peito queixoso
Seu rosto que não vejo ao passar

De frio a adega esvazia
Enfim entrega o meu coração
Cabeça que gira e rodopia
Em álcool anestesiado pendão

Você:

Sinônimo, norte e destino
Estrada, manche e verdade
Metrônomo, sorte e caminho
Amada, amante e saudade...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

O Tempo - E Seus Ensinamentos...

To aprendendo que o tempo passa
E to ficando desajeitado
To ficando muito sem graça
Em ser pego tão despreparado

To aprendendo que o tempo avança
E to perdendo a paciência
To perdendo a confiança
Ao não medir as conseqüências

Ensinaram-me ser tarde demais
Que o tempo é rei
É peão e é capataz.

To aprendendo que é mais
De tudo que fui e serei
Do que sei ser capaz...

Em Meu Coração - De Todos Que Me São...

Dentro de mim há outros
Imperfeitos como eu
Alguns não tão loucos
Outros a razão esqueceu

Dentro de mim há muitos
Alguns calados pra sempre
Outros estarão sempre juntos
Entre o adubo e a semente

Dentro de mim o menino
A alma o corpo a fusão
Os desejos e instintos
Dentro de mim um só coração

Aqui dentro muito mais do mesmo
Entre tantos chinfrins
Vagando a esmo
Entre o início e o fim de mim...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Do Amor, Certeza - Da Saudade, Tristeza...

Brotou dos olhos saudade
E o tempo colheu solidão
Pelo vento chegou tempestade
Molhou meu olhar de paixão

Horizonte azulou marejado
Em gotas de chuva e lágrimas
Fiquei assim encharcado
Leitura sem virar a página

Ouvinte de um disco furado
Palhaço de um circo sem mágica
Capitão de um navio naufragado
Risada de uma cena trágica

Fiquei dono de um quase nada
Entre o pó e o ponto final
Entre o instante e a eterna morada
Entre a árvore e o jornal

Fiz-me senhor dos instintos
Nem ouço nem canto, receio
Acuado não digo o que sinto
Só tremo por dentro quando te vejo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Espera – De Você...

Esperava só uma palavra
Talvez uma carta
Um aceno, um sinal.
De você eu esperava
Um cartão postal

Um bilhetinho
Grudado com durex no mural
Encontrar um sedex
Em minha caixa postal

De você eu esperava
Mas você não mandou não
Chegou tão inesperada
E me deu seu coração

domingo, 30 de março de 2008

De Antes e Depois - De Amantes e Nós Dois...

Do pensamento sou asas
penas estiradas ao vento
pernas para longa caminhada
estrada para movimentos

Do pensamento sou fato
sou ferro armado em cimento
não erro o bote retesado
disparo para o momento

Do pensamento sou arquiteto
sou o teto e o primeiro pavimento
num primeiro mandamento meço
não nego o sentimento

sou o nada
o antes e o depois
quando se trata de amantes
e de nós dois...

Toca Minha Alma – Faz Acordar o Dia...

Toca minha alma
Faz acordar o dia
Me ilumina com calma
Faz eu ouvir melodias

Faz sinfonia de pássaros
Faz um laço pra me segurar
E, segura, me guie os passos
Caminhos de me encantar

Toca minha vida
Faz levantar horizonte
Diz que tristeza foi ontem
Hoje é só alegria!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sob O Lençol - Cena Final...

Doces ais ouço de ti
Entre os lençóis
Brancos de cetim


Ascende a luz do amanhecer
E ilumina a cena que finda
Minha retina quer te reter


Chega o dia e te leva embora
Fica comigo a saudade
Pela manhã...
Toda a tarde...
Chega a chuva e a noite chora

Chorei – Tua Partida Que Me Trouxe Tanto Mal...


Chorei como se pudesse
Expulsar-me dor e lágrimas
Como um piano emudece
Carcomido pelas traças

Como se alguém se importasse
Como um cachorro sem dono
Como encanto que quebrasse
Ao grande amor em abandono

Chorei como faz uma criança
Quando perde seus brinquedos
Quando é finda a esperança

Como estivesse num funeral
Como assistisse a um filme antigo
Onde o mocinho morre no final

Chorei
Tua partida que me trouxe tanto mal...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nosso Amor Agora É Sal – Teu Olhar Que Marejou....


Entre abril e o anoitecer
Quero ver você chover
Embalar meus sonhos

Navegar em nuvens claras
Do amor vestir as asas
De azul, de amanhecer

Entre abril e o anoitecer
Corre um rio de bem querer
De alma desnuda, é amar, é amor.

Nau que vai, agora é sal
Sob a ponte, ao longe, um farol
Teu olhar que marejou....

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O Beija-Flor - De Arte Cênica e Amor...



Girou feito hélice
Ao vento de maio
Sem ângulo ou vértice
Virou um raio

Beijou rosa amarela
Num gesto de ensaio
Pairou em minha janela
Que virou cenário

Fez tudo no improviso
Coisa de grande ator
E eu, pasmo, fui ao delírio
Com o pequeno beija-flor

Temendo minha presença
Ou o vento do temporal
Desapareceu na chuva intensa
Feito cortina final.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Às Vezes - Só Quero Estar, Que Já Ta Bom...


Às vezes gosto de ficar de só.
Fechar os olhos e enxergar a luz através do couro da cara.
Observar as cores que não estão lá.
Às vezes gosto de falar de só.
Sempre não consigo que fico falando comigo mesmo.
Outra pessoa que fala pra mim e me conhece.
Às vezes gosto de chorar de só.
Por uma dor que não é minha e vem do mundo cão.
Choro não que a dor é grande.

Às vezes gosto de andar de só.
Caminhar com as pessoas elas falando e eu em outro cafundó.
Pego o mote da palavra e me vou.
Às vezes gosto de amar de só.
Olhar amando um tudo que me rodeia e nem sabe que amo.
Minha dona que nem sabe ser.
Às vezes gosto de estar de só.
Ouvindo tudo ao redor sendo tudo o que mais importa.
Às vezes só quero estar que já ta bom...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Do Amor e Suas Desilusões - De Tantas e Variadas Reações...


Casaco ficou impotente,
Triste num canto do quarto.
Roto num sol deslumbrante,
Inútil, num verão tão farto.

Guarda-chuva ficou apático,
Imbecil num cabide pendurado.
Preso num sol fantástico,
Bobo num dia tão ensolarado.

Desse modo, e a não mais poder,
Tão triste, roto, bobo, apaixonado feito um Romeu,
Inútil sob os dias mais bonitos que se é capaz de ver,
Como o casaco e o guarda chuva, estivera eu.

De Separação e Reencontro - Hoje Nisso Coloco Um Ponto...

Folhinha verde – não quero mais,
Esse pouco tanto de olhos de mel em mim
Esse pouco tanto de riso de dar cartaz
Esse pouco tanto de mordida que é meu fim

Folhinha verde – não quero não,
Esse pouco tanto de abraço louco de me prender
Esse pouco tanto de voz tão rouca de mansidão
Esse pouco tanto de felicidade de bem querer

Folhinha verde – não quero mais,
Esses tantos caminhos longos de terra e mar
Essa farta distância tanta que me tira a paz
Essa tanta poeira, pranto que trago no olhar

Folhinha verde – quero mais não
De solidão - nunca mais ser aprendiz
De me afastar - nunca mais separação
Não mais morar longe de ser tão feliz

domingo, 6 de janeiro de 2008

O Amor - É Tudo Isso Mesmo...

O amor é um bobo
Deixa-se levar
Deixa-se apaixonar.
Nem pede socorro.

O amor é um tolo
Não aventa duvidar
Não aventa indagar.
Nem mede esforço.

O amor – eu asseguro
Percebo e aconselho,
É tudo isso mesmo,
Eu juro.
Porque é puro...

Te Amo - Em 90 Sinais...

Tenho 85 sinais pra te dizer
E agora menos pra confessar
O que o tempo não soube mostrar
O que o tempo não soube fazer

Tenho 60 pra eu te dizer
O que meu corpo tentou lhe falar
O que minha alma quis lhe mostrar
O que minha vida quis lhe oferecer

São 32 sinais que me restam pra dizer
Que cada gota de meu dia-a-dia
Que cada minuto de minhas horas vazias
Que cada segundo de meu viver – vivi por você...

Hoje Inauguro A Paz - O Óbvio E O Original...

Hoje inauguro versos
Diversos de tudo que escrevi
Na busca de inusitado universo
Originais conceitos repetir

Hoje inauguro o tempo
Se compro um novo relógio
E meus desejos requento
Se sonho, se realizo logo

Hoje inauguro o mesmo
A mesma roda do cotidiano
Um tempo de novos erros
Porque errar é humano

Hoje inauguro a vida
E repito exaustivamente
Só erra quem tenta
Quem tem o amor em mente
Só quem ama a contenda
Deus abençoa contente

Hoje inauguro o óbvio
Buscando cada vez mais
Ficarmos longe do ódio
Ter entre nossas fronteiras – a paz.