Estou nas cordas da viola
No repente do trovador
No peito que faz a trova
No sorriso do cantador
Estou no fole da sanfona
No repique da zabumba
No triângulo que se soma
Com a poeira da bagunça
Estou na gaita que se escancara
Na bombacha que me acompanha
No minuano que gela a cara
No orgulho de minhas campanhas
Estou no samba batido nas mãos
No pé que dança com tanto prazer
Na batida quente da percussão
Estou no couro que vai comer
Estou na pedra da poesia
Nos navios negreiros de além mar
Nas canções de exílio e agonia
Nas canções de caminhar e cantar...
Estou na pele escura de meus irmãos
Nos olhos puxados dos orientais
Estou nos traços dos índios desse chão
Nos loiros cabelos dos ocidentais
Estou no prato de arroz com feijão
No churrasco dos velhos pantanais
Estou no ensopado de peixe e pirão
Nos temperos e cheiros de nossos quintais
Estou no semblante do velho marinheiro
Estou na luta do operário industrial
Estou na massa que faz o padeiro
Estou na massa de cimento e cal
Estou no suor que cai do trabalho
Estou no prazer de jogar futebol
Estou nos palcos e em seus ensaios
Estou nas praias tomando um sol
Estou na mente de todo nativo
Estou nesses mares de verde-anil
Estou nas palavras que agora digo
Eu sou meu país amado - Brasil!
Seguidores...
Arquivo do blog...
-
▼
2008
(35)
-
►
setembro
(7)
- Com Final Feliz - A Noite Passou Em Mim...
- Amor Sentimento Maior - O Teu Significado Melhor...
- Alzheimer - Se Bem Me Lembro (Lembranças De Menos)
- Usinar A Vida - Desequilibrar A Balança Com Mais U...
- Uma Vida A Cem - Uma Vida Sem Ninguém...
- Caleidoscópio - Flores e Dores...
- To Dentro Do Teu Olhar - E Só Quero Navegar...
-
►
fevereiro
(7)
- Sob O Lençol - Cena Final...
- Chorei – Tua Partida Que Me Trouxe Tanto Mal...Cho...
- Nosso Amor Agora É Sal – Teu Olhar Que Marejou.......
- O Beija-Flor - De Arte Cênica e Amor...Girou feito...
- Às Vezes - Só Quero Estar, Que Já Ta Bom...Às veze...
- Do Amor e Suas Desilusões - De Tantas e Variadas ...
- De Separação e Reencontro - Hoje Nisso Coloco Um P...
-
►
setembro
(7)
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Estou Nesses Mares De Verde-Anil – Sou Brasil...
Postado por Rangel Castilho às 06:10 5 comentários
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A Cor Do Amor – Coloriu E Me Cegou...
A cor do amor me cegou
Fez azul céu de nuvens cinza chumbo
Naveguei como num mar que se acalmou
Era tempestade que engolia o mundo
Fez-se verde um atalho de espinhos
De mil cores tantas voltas sem ter fim
Viajei num arco-íris maus caminhos
Me perdi sem nem saber o que era de mim
O amor me cegou completamente
Fez-me dócil quando tinha que ser firme
Fez-me manso quando tinha que ser valente
Fez-me ficar quando o certo era ir-me
O amor me cegou
E de cores encheu-se meus dias
Sem arrepender-me sei que sou
Alguém que conheceu a alegria.
Postado por Rangel Castilho às 17:45 0 comentários
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Mais Sobre Temperos - Segredos Emocionais...
Pensei traduzir-te tal qual
Pequenas porções que conheço
Reconheço-te no açúcar no sal
Na paz acho teu endereço
Sobre contas mensais somar cotidiano
De madrugadas viagens musicais
Nem sempre dizer “eu te amo”
Mas sempre dizer “quero mais”
Melhor não dizer demais segredos
Demais conceitos emocionais
São nossos mais íntimos temperos
Pra não haver dias iguais...
Postado por Rangel Castilho às 13:49 1 comentários
Doze Meninos - Companheiros de Destino...
Subindo a rua do parquinho
Chega-se à biblioteca em doze passos
Um pra cada mês, um pra cada menino
Pequeninos na areia sem sapatos
Subindo a rua ouvi seus gritos
Januário, o protetor dos lares, tão alegre e inaugural
Traz ao braço Febreiro, o pequenino,
Que vem em purificação, vem em carnaval
Marçal tal qual um Deus Guerreiro
Traz imensa primavera em harmonia
Enquanto Aprus se faz pascal festeiro
E o amor é pra sempre alegria
Bona Dea é o quinto menino, o mais bonito
É a fertilidade dos campos imensos em abundância
Juno Lucina de São João traz em sua calenda mais meninos
Um dia só de amor e dedicação às crianças
Antes Quintilis depois Julio de São Tiago
Amadurecido tempo de colheita farta
Augusto nasceu da inveja do rei dos soldados
Agosto de Santa Maria e férias largas
Boedromion se fez independente
Sete dias antes das nonas desse mês comemora
Oitubro traz as chuvas de repente
Traz outono feito menino que chora e em vermelho desfolha
O décimo primeiro é dos santos de São Martinho
Que em novembro traz o frio em grande tropel
Dezembro o nascimento de Jesus pequenino
Que se alonga em festas para o Papai Noel
Doze meninos festivos
E essa minha observação nada discreta
Eles lá cada qual com seus motivos
E eu passando para ir a biblioteca.
Postado por Rangel Castilho às 13:46 0 comentários
Do Outro Lado – Acho-me Apaixonado...
Do outro lado da rua
Tem um sorriso
Que brilha feito a lua
Que invade meus espaços
Toma-me os sentidos
Segue-me os passos
Leva-me a loucura
Lá do outro lado
Tem um sorriso
Que me traz enfeitiçado
Leão feito gato de casa
Dragão em redoma de vidro
Falcão pelo chão sem abrir as asas
Um coração quando apaixonado.
Postado por Rangel Castilho às 13:46 0 comentários
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Salve, Amigos!
Uma música minha sobre os violeiros,
sobre o Pantanal,
sobre a esperança.
É só baixar:
http://www.badongo.com/audio/11561427
Rangel Castilho - Água de Cacimba
Postado por Rangel Castilho às 17:26 0 comentários
sábado, 27 de setembro de 2008
Com Final Feliz - A Noite Passou Em Mim...
A noite passou em mim
Como infância boa
Como filme com final feliz
Como uma tarde de fina garoa
Passou assim como cheiro de bolo
Como pão de queijo assado na hora
Como ver tudo de novo
Como colher raios da aurora
Assim como passam as nuvens do céu
Andorinhas que migram pro sol
Como abelhas fabricam o mel
Assim como cantam os sabiás no milharal
A noite passou em mim
Corpo e alma sobre nós
Calma de veleiro num mar sem fim
Sabor de seu beijo me tirando a voz
Postado por Rangel Castilho às 08:37 2 comentários
Amor Sentimento Maior - O Teu Significado Melhor...
De frio pé-de-vento ventou
Precoce a parreira pariu
O pé de caju caducou
Meu pé quebrado sentiu
De frio congelou o bigode
Na boca derradeiro quentão
Pedi São João me socorre
Sozinho nessa procissão
De frio bate o queixo teimoso
Sem eira estribeira calar
Choraminga meu peito queixoso
Seu rosto que não vejo ao passar
De frio a adega esvazia
Enfim entrega o meu coração
Cabeça que gira e rodopia
Em álcool anestesiado pendão
Você:
Sinônimo, norte e destino
Estrada, manche e verdade
Metrônomo, sorte e caminho
Amada, amante e saudade...
Postado por Rangel Castilho às 08:30 0 comentários
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Alzheimer - Se Bem Me Lembro (Lembranças De Menos)
Um lugar parado no tempo
Cheio de lembranças empoeiradas
Avisos em neon piscando lentos
Buracos entranhados feito estradas
Um lugar velho e aconchegante
Cheio de rostos, figuras e lugares
Uma letra antiga de um hit dançante
E um prédio de cinco andares
Uma guitarra jogada num canto qualquer
Tardes com a turma no Bar Beira Rio
O primeiro beijo e a primeira mulher
O primeiro cigarro, o primeiro vício
Um lugar que hoje é só meu
Pessoas que já não reconheço
Às vezes penso que o mundo enlouqueceu
Tudo que lembro é que sempre esqueço
Postado por Rangel Castilho às 12:30 3 comentários
Usinar A Vida - Desequilibrar A Balança Com Mais Uma Medida...
Usinar o céu azul
A grama verde em pasto sem fim
Usinar o tuiuiú
O carandá e os seus ninhos de passarim
Usinar corixos
Água de planalto escorrendo planície adentro
Usinar os bichos
Suas penas seus bicos, pelos, ar e ventos
Usinar o chão
A toca da onça e o buraco do tatu
Usinar a união
Os lobos e jacarés e veados e caititus
Usinar a vida
Interromper o choco, a parida e o nascer
Usinar a lida
O temperar dos dias de ensinar e aprender
Usinar o perigo
Desequilibrar a balança com mais um risco
Usinar um abrigo
Destruir um bioma por simples capricho
Usinas Sim, Não no Pantanal!!!
Postado por Rangel Castilho às 12:27 0 comentários
Uma Vida A Cem - Uma Vida Sem Ninguém...
Nem bem o sol apontou seus raios
Nem bem o raio me esquentou
Nem bem o cheiro chegou ao faro
Meu bem já me agarrou
Nem bem o bule soltou fumaça
Nem bem a cama me acordou
Nem bem a chama se fez em brasa
Meu bem já me acarinhou
Nem bem o bonde levou lembrança
Nem bem o circo se desmontou
Nem bem o trinco reforçou a tranca
Meu bem já me desprezou
Nem bem o dia virou pôr-do-sol
Nem bem a noite se fez em breu
Nem bem o carro acendeu farol
Meu bem já me esqueceu...
Postado por Rangel Castilho às 12:25 0 comentários
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Caleidoscópio - Flores e Dores...
Através da lágrima ver o arco-íris
No gosto do pranto saber o mar
Através da esperança superar as crises
No gosto do beijo o verbo amar
Através do sorriso aplacar a aflição
No gosto do sangue vislumbrar a cura
Através da tristeza moldar a compaixão
No gosto do sal alcançar a doçura
Através dos tempos lapidar a vida
No gosto da vida aprender o perder
Através da perda saber a conquista
No gosto da vitória saber o poder
Através de tudo aprender
Do gosto saber o sabor
Através de mim vir você
Do gostar de você o amor
Postado por Rangel Castilho às 12:33 2 comentários
To Dentro Do Teu Olhar - E Só Quero Navegar...
To dentro do teu olhar
Janela aberta aos ventos
Navego nesse teu mar
Inundo-me desse sentimento
To dentro do teu olhar
Braço aberto em acolhimento
Adormeço nesse embalar
Descanso em contentamento
To dentro do teu olhar
Tocado por teu calor
Navego nesse teu mar
Navego em teu amor
Postado por Rangel Castilho às 12:32 0 comentários
terça-feira, 15 de julho de 2008
Revendo Tuas Fotografias - À Mercê Dos Dias...
De uma risada descartei dois naipes tristes
Um sábado de despedida
Um domingo de chuva intensa.
Agora são fotografias
Recortes digitais
De uma saudade imensa
(depois disso fiquei à mercê dos dias...)
É como deitar sob cobertores grossos
Sufocar o frio cortante que atravessa o peito
Acreditar que finalmente posso
Viver daqui pra frente de outro jeito.
Postado por Rangel Castilho às 16:20 3 comentários
A Espera – De Você...
Esperava só uma palavra
Talvez uma carta
Um aceno, um sinal.
De você eu esperava
Um cartão postal
Um bilhetinho
Grudado com durex no mural
Encontrar um sedex
Em minha caixa postal
De você eu esperava
Mas você não mandou não
Chegou tão inesperada
E me deu seu coração
Postado por Rangel Castilho às 16:19 0 comentários
Doze Meninos - Companheiros de Destino...
Subindo a rua do parquinho
Chega-se à biblioteca em doze passos
Um pra cada mês, um pra cada menino
Pequeninos na areia sem sapatos
Subindo a rua ouvi seus gritos
Januário, o protetor dos lares, tão alegre e inaugural
Traz ao braço Febreiro, o pequenino,
Que vem em purificação, vem em carnaval
Marçal tal qual um Deus Guerreiro
Traz imensa primavera em harmonia
Enquanto Aprus se faz pascal festeiro
E o amor é pra sempre alegria
Bona Dea é o quinto menino, o mais bonito
É a fertilidade dos campos imensos em abundância
Juno Lucina de São João traz em sua calenda mais meninos
Um dia só de amor e dedicação às crianças
Antes Quintilis depois Julio de São Tiago
Amadurecido tempo de colheita farta
Augusto nasceu da inveja do rei dos soldados
Agosto de Santa Maria e férias largas
Boedromion se fez independente
Sete dias antes das nonas desse mês comemora
Oitubro traz as chuvas de repente
Traz outono feito menino que chora e em vermelho desfolha
O décimo primeiro é dos santos de São Martinho
Que em novembro traz o frio em grande tropel
Dezembro o nascimento de Jesus pequenino
Que se alonga em festas para o Papai Noel
Doze meninos festivos
E essa minha observação nada discreta
Eles lá cada qual com seus motivos
E eu passando para ir a biblioteca.
Postado por Rangel Castilho às 16:17 0 comentários
Dá-me O Que Sou - Ao Menos O Que Restou...
Dá-me o restante de mim
O que ficou pela varanda
Na estante e na grama do jardim
No tapete da sala e em nossa cama
Devolve-me pequenos tesouros
Teu olhar que vale viagens
Na bagagem um blusão de couro
E as mais lindas paisagens
Devolve-me ser feliz
As lágrimas que choramos
O beijo com gosto de anis
O dia que nos apaixonamos
Dá-me só o que me resta
A minha paz
Meus dias de festa
E se não for capaz
Chama-me depressa
E não me deixe nunca mais...
Postado por Rangel Castilho às 16:17 0 comentários
Brasileiro - Quando For Dono De Mim Mesmo...
Lembrei-me de quem sou, finalmente
Algo entre a sede e o afogamento
Um tanto de fome, um pouco semente
Gado em passo dolente para o abate
Como se tudo fosse fingimento
Sei, entretanto que trago ao peito
Essa lágrima de alegria tanta
Esse grito de não ter palavras
Gado em passo dolente para o abate
Como se tudo fosse um mantra
Lembrei-me que sou brasileiro
Dono hipotecado de tanto Amazonas
Arrendatário de vidas futuras e do planeta inteiro
Gado em passo dolente para o abate
H2o que me faz falta e me deixa a cabeça zonza...
Postado por Rangel Castilho às 16:16 0 comentários
Amor Sentimento Maior - O Teu Significado Melhor...
De frio pé-de-vento ventou
Precoce a parreira pariu
O pé de caju caducou
Meu pé quebrado sentiu
De frio congelou o bigode
Na boca derradeiro quentão
Pedi São João me socorre
Sozinho nessa procissão
De frio bate o queixo teimoso
Sem eira estribeira calar
Choraminga meu peito queixoso
Seu rosto que não vejo ao passar
De frio a adega esvazia
Enfim entrega o meu coração
Cabeça que gira e rodopia
Em álcool anestesiado pendão
Você:
Sinônimo, norte e destino
Estrada, manche e verdade
Metrônomo, sorte e caminho
Amada, amante e saudade...
Postado por Rangel Castilho às 16:14 0 comentários
quarta-feira, 30 de abril de 2008
O Tempo - E Seus Ensinamentos...
To aprendendo que o tempo passa
E to ficando desajeitado
To ficando muito sem graça
Em ser pego tão despreparado
To aprendendo que o tempo avança
E to perdendo a paciência
To perdendo a confiança
Ao não medir as conseqüências
Ensinaram-me ser tarde demais
Que o tempo é rei
É peão e é capataz.
To aprendendo que é mais
De tudo que fui e serei
Do que sei ser capaz...
Postado por Rangel Castilho às 09:14 2 comentários
Em Meu Coração - De Todos Que Me São...
Dentro de mim há outros
Imperfeitos como eu
Alguns não tão loucos
Outros a razão esqueceu
Dentro de mim há muitos
Alguns calados pra sempre
Outros estarão sempre juntos
Entre o adubo e a semente
Dentro de mim o menino
A alma o corpo a fusão
Os desejos e instintos
Dentro de mim um só coração
Aqui dentro muito mais do mesmo
Entre tantos chinfrins
Vagando a esmo
Entre o início e o fim de mim...
Postado por Rangel Castilho às 09:09 0 comentários
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Do Amor, Certeza - Da Saudade, Tristeza...
Brotou dos olhos saudade
E o tempo colheu solidão
Pelo vento chegou tempestade
Molhou meu olhar de paixão
Horizonte azulou marejado
Em gotas de chuva e lágrimas
Fiquei assim encharcado
Leitura sem virar a página
Ouvinte de um disco furado
Palhaço de um circo sem mágica
Capitão de um navio naufragado
Risada de uma cena trágica
Fiquei dono de um quase nada
Entre o pó e o ponto final
Entre o instante e a eterna morada
Entre a árvore e o jornal
Fiz-me senhor dos instintos
Nem ouço nem canto, receio
Acuado não digo o que sinto
Só tremo por dentro quando te vejo.
Postado por Rangel Castilho às 06:52 1 comentários
quarta-feira, 16 de abril de 2008
A Espera – De Você...
Esperava só uma palavra
Talvez uma carta
Um aceno, um sinal.
De você eu esperava
Um cartão postal
Um bilhetinho
Grudado com durex no mural
Encontrar um sedex
Em minha caixa postal
De você eu esperava
Mas você não mandou não
Chegou tão inesperada
E me deu seu coração
Postado por Rangel Castilho às 07:03 0 comentários
domingo, 30 de março de 2008
De Antes e Depois - De Amantes e Nós Dois...
Do pensamento sou asas
penas estiradas ao vento
pernas para longa caminhada
estrada para movimentos
Do pensamento sou fato
sou ferro armado em cimento
não erro o bote retesado
disparo para o momento
Do pensamento sou arquiteto
sou o teto e o primeiro pavimento
num primeiro mandamento meço
não nego o sentimento
sou o nada
o antes e o depois
quando se trata de amantes
e de nós dois...
Postado por Rangel Castilho às 11:32 3 comentários
Toca Minha Alma – Faz Acordar o Dia...
Toca minha alma
Faz acordar o dia
Me ilumina com calma
Faz eu ouvir melodias
Faz sinfonia de pássaros
Faz um laço pra me segurar
E, segura, me guie os passos
Caminhos de me encantar
Toca minha vida
Faz levantar horizonte
Diz que tristeza foi ontem
Hoje é só alegria!
Postado por Rangel Castilho às 11:23 3 comentários
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Sob O Lençol - Cena Final...
Doces ais ouço de ti
Entre os lençóis
Brancos de cetim
Ascende a luz do amanhecer
E ilumina a cena que finda
Minha retina quer te reter
Chega o dia e te leva embora
Fica comigo a saudade
Pela manhã...
Toda a tarde...
Chega a chuva e a noite chora
Postado por Rangel Castilho às 07:01 4 comentários
Chorei – Tua Partida Que Me Trouxe Tanto Mal...
Chorei como se pudesse
Expulsar-me dor e lágrimas
Como um piano emudece
Carcomido pelas traças
Como se alguém se importasse
Como um cachorro sem dono
Como encanto que quebrasse
Ao grande amor em abandono
Chorei como faz uma criança
Quando perde seus brinquedos
Quando é finda a esperança
Como estivesse num funeral
Como assistisse a um filme antigo
Onde o mocinho morre no final
Chorei
Tua partida que me trouxe tanto mal...
Postado por Rangel Castilho às 06:44 1 comentários
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Nosso Amor Agora É Sal – Teu Olhar Que Marejou....
Entre abril e o anoitecer
Quero ver você chover
Embalar meus sonhos
Navegar em nuvens claras
Do amor vestir as asas
De azul, de amanhecer
Entre abril e o anoitecer
Corre um rio de bem querer
De alma desnuda, é amar, é amor.
Nau que vai, agora é sal
Sob a ponte, ao longe, um farol
Teu olhar que marejou....
Postado por Rangel Castilho às 12:10 1 comentários
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
O Beija-Flor - De Arte Cênica e Amor...
Girou feito hélice
Ao vento de maio
Sem ângulo ou vértice
Virou um raio
Beijou rosa amarela
Num gesto de ensaio
Pairou em minha janela
Que virou cenário
Fez tudo no improviso
Coisa de grande ator
E eu, pasmo, fui ao delírio
Com o pequeno beija-flor
Temendo minha presença
Ou o vento do temporal
Desapareceu na chuva intensa
Feito cortina final.
Postado por Rangel Castilho às 06:18 0 comentários
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Às Vezes - Só Quero Estar, Que Já Ta Bom...
Às vezes gosto de ficar de só.
Fechar os olhos e enxergar a luz através do couro da cara.
Observar as cores que não estão lá.
Às vezes gosto de falar de só.
Sempre não consigo que fico falando comigo mesmo.
Outra pessoa que fala pra mim e me conhece.
Às vezes gosto de chorar de só.
Por uma dor que não é minha e vem do mundo cão.
Choro não que a dor é grande.
Às vezes gosto de andar de só.
Caminhar com as pessoas elas falando e eu em outro cafundó.
Pego o mote da palavra e me vou.
Às vezes gosto de amar de só.
Olhar amando um tudo que me rodeia e nem sabe que amo.
Minha dona que nem sabe ser.
Às vezes gosto de estar de só.
Ouvindo tudo ao redor sendo tudo o que mais importa.
Às vezes só quero estar que já ta bom...
Postado por Rangel Castilho às 09:22 0 comentários
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Do Amor e Suas Desilusões - De Tantas e Variadas Reações...
Casaco ficou impotente,
Triste num canto do quarto.
Roto num sol deslumbrante,
Inútil, num verão tão farto.
Guarda-chuva ficou apático,
Imbecil num cabide pendurado.
Preso num sol fantástico,
Bobo num dia tão ensolarado.
Desse modo, e a não mais poder,
Tão triste, roto, bobo, apaixonado feito um Romeu,
Inútil sob os dias mais bonitos que se é capaz de ver,
Como o casaco e o guarda chuva, estivera eu.
Postado por Rangel Castilho às 10:37 2 comentários
De Separação e Reencontro - Hoje Nisso Coloco Um Ponto...
Folhinha verde – não quero mais,
Esse pouco tanto de olhos de mel em mim
Esse pouco tanto de riso de dar cartaz
Esse pouco tanto de mordida que é meu fim
Folhinha verde – não quero não,
Esse pouco tanto de abraço louco de me prender
Esse pouco tanto de voz tão rouca de mansidão
Esse pouco tanto de felicidade de bem querer
Folhinha verde – não quero mais,
Esses tantos caminhos longos de terra e mar
Essa farta distância tanta que me tira a paz
Essa tanta poeira, pranto que trago no olhar
Folhinha verde – quero mais não
De solidão - nunca mais ser aprendiz
De me afastar - nunca mais separação
Não mais morar longe de ser tão feliz
Postado por Rangel Castilho às 10:14 3 comentários
domingo, 6 de janeiro de 2008
O Amor - É Tudo Isso Mesmo...
O amor é um bobo
Deixa-se levar
Deixa-se apaixonar.
Nem pede socorro.
O amor é um tolo
Não aventa duvidar
Não aventa indagar.
Nem mede esforço.
O amor – eu asseguro
Percebo e aconselho,
É tudo isso mesmo,
Eu juro.
Porque é puro...
Postado por Rangel Castilho às 08:35 3 comentários
Te Amo - Em 90 Sinais...
Tenho 85 sinais pra te dizer
E agora menos pra confessar
O que o tempo não soube mostrar
O que o tempo não soube fazer
Tenho 60 pra eu te dizer
O que meu corpo tentou lhe falar
O que minha alma quis lhe mostrar
O que minha vida quis lhe oferecer
São 32 sinais que me restam pra dizer
Que cada gota de meu dia-a-dia
Que cada minuto de minhas horas vazias
Que cada segundo de meu viver – vivi por você...
Postado por Rangel Castilho às 08:16 2 comentários
Hoje Inauguro A Paz - O Óbvio E O Original...
Hoje inauguro versos
Diversos de tudo que escrevi
Na busca de inusitado universo
Originais conceitos repetir
Hoje inauguro o tempo
Se compro um novo relógio
E meus desejos requento
Se sonho, se realizo logo
Hoje inauguro o mesmo
A mesma roda do cotidiano
Um tempo de novos erros
Porque errar é humano
Hoje inauguro a vida
E repito exaustivamente
Só erra quem tenta
Quem tem o amor em mente
Só quem ama a contenda
Deus abençoa contente
Hoje inauguro o óbvio
Buscando cada vez mais
Ficarmos longe do ódio
Ter entre nossas fronteiras – a paz.
Postado por Rangel Castilho às 08:11 1 comentários