Sou aquele
Que você não quer tocar
Sou aquele
Que você não quer olhar
Sou aquele
Que você não quer aceitar
Sou aquele
Que você nem quer pensar
Eu sou o teu medo
O seu mais disfarçado segredo
Eu sou teu instinto
O seu mais escondido prazer
Eu sou só a metade
A outra parte é você
Eu sou só a resposta
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terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Eu Sou Só A Metade - A Outra Parte É Você...
Postado por Rangel Castilho às 07:41 2 comentários
Amor de Verdade – Cor de Azul Brotou Sentimento...
Como o dia amanhece
Como a noite se despe
Como a luz se reflete
Como o negro celeste
Cor de azul brotou sentimento.
Como a criança enxerga
Como o adulto quisera
Como o inverno inveja
Uma tarde de primavera
Cor de azul brotou sentimento
Amor que me invade
Amor de verdade
Postado por Rangel Castilho às 07:36 3 comentários
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
A Espera - Meu Passatempo...
Adormeci calculando as horas.
(o tempo alivia as dores...)
E ao envelhecer contando auroras
Fiz-me leve em meus humores.
Senil ficou meu pensamento
Me fiz biruta dócil ao vento.
Postado por Rangel Castilho às 09:44 2 comentários
Amizade - Sentimento Perdido Sem Eu e Você...
E o que é amizade senão o amor,
Essa maciez de ninho quente,
Esse abrir de janelas no calor,
Esse frio indo embora com o vinho quente?
E o que é a amizade senão a paixão,
Esse grudar de cabelos em crise,
Esse esperar na frente da televisão,
Esse sentimento de resistir à velhice?
E o que é a amizade senão fraternidade,
Essa compreensão acima de tudo,
Essa calma durante a tempestade,
Esse “estou com você” contra o mundo?
E o que é amizade – sem contar a gente?
- Sentimento perdido sem eu e você!
É garrafa vazia e cabeça quente,
É noite nublada sem amanhecer...
Postado por Rangel Castilho às 09:43 1 comentários
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Pequeno Poema - Em Doses Fatais...
Sangrei um poema pequeno
Com palavras poucas, idéias mis
Imitação de forte veneno
Sem tempo pra reagir
Sangrei até morrer de fato
Ao peito cruzei os braços
Como quem é feliz...
Postado por Rangel Castilho às 05:55 0 comentários
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Meu Amor - Pequeno Grande Amor...
Por não ser pequeno
E não caber em palavras
Não quer ser canção
Ficar preso a amarras
Não quer ser livro
Menos ser um manuscrito
Que sempre acaba
Numa estante qualquer
De qualquer casa
Exige respeito
Quer estar toda vida
Dentro de teu peito
Postado por Rangel Castilho às 09:28 0 comentários
domingo, 25 de novembro de 2007
Magia e Emoção - A Presença de Drummond...
Hoje é um daqueles dias de garoa fina
De chá quente e bom-bom
De biblioteca e tarde vazia
De poesias de Drummond
Achar graça de coisas sem graça
Achar que tudo está bom
Ver a chuva na vidraça
Da janela de Drummond
Hoje é um daqueles dias de pipoca e almofada
De cabana e edredom
Ser mais criança e dar risada
No parquinho de Drummond
Hoje é um daqueles dias sem fim
De magia e emoção
De na chuva fina poder sentir
A presença de Drummond
Postado por Rangel Castilho às 06:01 0 comentários
sábado, 24 de novembro de 2007
Revejo Fotografias - Se Sinto Saudades
Não sigo multidões
Procurando teu olhar
Revejo fotografias
Se de saudade choro
E já não mais suporto
Meus dias sem tua alegria
Perco-me em pensamentos
Vagueio em ruas vazias
Sinto teu cheiro ao vento
Meus dias se vão em agonia
Postado por Rangel Castilho às 18:08 0 comentários
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Amor de Carnaval - Encanto e Magia...
Em colorida fantasia
De um frevo caiu você
Envolveu-me em alegria
Foi paixão de endoidecer
Sem contar os dias
Não contei as noites
Me embebi de tua bebida
Bebi de tua poção tão doce
E nem percebi, carecia?
Em cruel açoite
a quarta feira amanhecia...
Meu amor bateu as asas
A orquestra se aquietou
Deixou tristeza danada
Nos passos do pierrô
Sobrou pelas calçadas
Chutando latinhas
Uma voz desafinada
E os ecos da marchinha
Onde está o meu amor?
Onde está o meu amor?
Postado por Rangel Castilho às 06:34 0 comentários
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Você - E a Beleza do Mundo...
Você tem tudo a ver
Com minha alegria
Encaro segunda-feira
Carro enguiçado, conversa de tia
Se te tenho em minha vida
Você tem tudo a ver
Com a beleza do mundo
Os dias de chuva são belos
Feliz te venero em amor profundo
Se te tenho a cada segundo
Você tem tudo a ver
Com minha alegria
Um dia cinzento é cor de rosa
O que era demora principia
Se te tenho em minha companhia
Postado por Rangel Castilho às 06:03 0 comentários
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Revolução – Eu Quero Uma...
Sou tão pequeno.
Um grão de areia
Solto ao vento.
Sou poeira.
Postado por Rangel Castilho às 19:54 0 comentários
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
No Balé das Horas - Tua Volta é Minha Razão...
No balé das horas
Sou a espera
A última volta
A lágrima sincera
Que tua ausência provoca
No correr do tempo
Sou ponteiro itinerante
Não me detenho um só momento
Nenhuma pausa um só instante
Com o peito em desalento
Nessas horas sou tristeza
Condição de solidão
Giro em longas voltas negras
Choro ferido no coração
Tua volta é minha razão
Postado por Rangel Castilho às 07:03 0 comentários
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Respirar - Versos Incondicionais
Versejo como respiro
Incondicionalmente.
Versos transpiro.
Verso carente
Tudo em mim versifica.
Versejo orações e minh’alma purifica
Em grande desespero,
Se ainda versejo tudo se explica.
Versejo como respiro
E se verso, vivo.
Se rima é vida.
Postado por Rangel Castilho às 10:25 0 comentários
Versinhos Ecológicos - Aprender e Ensinar...
Não errar palavra nenhuma
Pra não rasurar ou rasgar
Não arrancar página alguma
Pra nenhuma árvore cortar
Pra nenhuma floresta morrer
É preciso aprender a cuidar
Do papel de escrever e ler
E ensinar como preservar
Pra não errar nenhuma palavra
É bom consultar o bom dicionário
Demora um pouco, mas nunca falha
E ainda aumenta o vocabulário.
Postado por Rangel Castilho às 10:22 0 comentários
Sou Brasileiro - Mas Não Sou Índio...
Sou brasileiro
Mas não sou índio
Sou português, sou marinheiro,
Cheguei pelo mar, invadindo.
Sou brasileiro
Mas não sou índio
Sou espanhol, dominei o marinheiro
Dominei e continuei destruindo.
Sou brasileiro
Mas não sou índio
Sou francês, queria o Caribe inteiro
Fundei o Maranhão e acabei fugindo
Sou brasileiro
Mas não sou índio
Sou holandês, invadi o setor canavieiro
Fui expulso e o açúcar entrou em declínio.
Sou brasileiro
Mas não sou índio
Sou africano, cheguei num navio negreiro
Vim capturado, marcado, como animal de serviço.
Sou brasileiro
Mas não sou índio
Sou mestiço, mistura de vários leitos
Sou caçador de mim mesmo, me descobrindo.
Sou brasileiro
E procuro meu eu
É um medo absurdo de mim mesmo
Sou brasileiro
E peço a Deus
Ser só um homem simples com medo.
Sou brasileiro
E sei que não sei mais nada
Sou brasileiro
E tenho orgulho de minha pátria amada.
Sou brasileiro
E antes de tudo sou filho do mundo
Sou brasileiro
E desta mistura das raças
Sou seu filho mais puro...
Sou brasileiro
E antes de tudo sou índio
Agradeço a Tupã
Ser o primeiro nesse sincretismo...
Postado por Rangel Castilho às 10:21 0 comentários
sábado, 10 de novembro de 2007
Teu Amor - Um porto, Uma Tempestade...
Teu amor é meu porto
Meu navegar
É tempestade e calmaria
É a paz que eu preciso
Preguiça boa
Âncora no mar
Protetor dos perigos
Adrenalina
É navio e canoa
Atracar.
Teu amor é meu lar
Abraço sincero que me acaricia
É a luz da fogueira
Que me aquece nas horas vazias
Teu amor é minha coragem
Meu pranto
Minhas idas e voltas e tanto
Meu rumo
Meus planos em toda viagem
Portanto.
Postado por Rangel Castilho às 06:54 0 comentários
Falso Poeta - A Rima Entrega...
Com um pé quebrado,
Meio verso empena.
Pende pro lado
E me condena.
(verso que nasce torto morro torto).
Postado por Rangel Castilho às 06:49 0 comentários
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Preliminares - Como Bandeirolas De São João...
Fechou os olhos
Como as nuvens encobrem o sol
Como a cortina encerra um ato
E tremeu
Como as folhas sob morna brisa
Como bandeirolas de São João...
Timidamente
Como o sol que invade a janela
Como um beijo roubado ao acaso
Ante o gozo
Como fogos de artifício,
Como um reboliço,
Um feitiço,
Um artifício do prazer...
Postado por Rangel Castilho às 03:53 0 comentários
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Tempo - A Cura Da Alma...
Por uns dias estive tristinho
Perdi-me dentro de mim
Não achava o tal caminho
E a tristeza não tinha fim
Até bem pouco estive triste
Com meu coração ferido
Não pensei, fosse tão simples
Ir do inferno ao paraíso
Estive tristonho por nada
Quando me lembro das madrugadas
Noites afora que chorei sem parar
Agora choro de dar risada
Quando me lembro parece piada.
Você morreu e acabei de enterrar...
Postado por Rangel Castilho às 17:46 0 comentários
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Poeta Fingidor - Pensei Que Era Feliz...
Poeta fingidor,
Pensei ter tudo na vida.
Fingi ter seu amor,
Brinquei com minhas feridas.
Fingia tanto
Que até o pranto de tristeza
Fingia ser de alegria e beleza.
Fingia tanto
Que até meu canto de amor,
( só eu sabia )
Era de agonia e dor.
Poeta fingidor,
Pensei ter o que quis.
Pensei ter seu amor.
Pensei ser, quem dera, feliz...
Postado por Rangel Castilho às 05:09 0 comentários
domingo, 4 de novembro de 2007
No Varal de Roupas - Brincando De Papai e Mamãe...
Um grande arame de roupas
Um belo varal colorido
São como gente em pedaços
Balançando num fio comprido
A minha camisa riscada
Presa num fio sem fio
É nosso amor em derrocada
É mesmo metade de mim
( a saia de mamãe
roçando a calça de papai
é uma picante brincadeira
que o vento morno faz... )
Postado por Rangel Castilho às 04:42 0 comentários
sábado, 3 de novembro de 2007
Fotografia - Num Momento De Prazer...
Meu silêncio canta
A mais bela das canções
Quando te sentas ao sol perdida em pensamentos vãos.
Teus cabelos soltos
Ao movimento do vento
Confundem-se com nuvens no profundo azul do céu.
Meus olhos
Buscam te reter na retina
Como fotografia...
Postado por Rangel Castilho às 10:54 0 comentários
Adeus - Te Amo Pra Sempre
Vim nessa canção
No intervalo e um acorde
Deixar sangrar meu coração
Que bate ferido de morte.
Vim nessa canção
Chorando como quem sofre
O toque mágico da paixão
E o infortúnio da pouca sorte
Vim nessa canção
Mexer nos trens guardados
Quando me dei sem ter senão
E nunca fui recompensado
Vim nessa canção
Pra olhar nos olhos teus
Pra dizer de coração
Amo-te pra sempre, adeus...
Postado por Rangel Castilho às 10:52 0 comentários
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Não Sei O Nome - Mas O Que Sinto É bom...
Você me força todas as barras
Testa-me às últimas conseqüências
Você me dá uma febre que nunca sara
Faz-me pagar todas as penitências
Você me toma das rédeas
Atropela-me como um velho trem
Você nunca me deu umas férias
Pressiona-me como ninguém
Você me ilude com muito pouco
Usa-me como lhe apraz e condiz
Você acaba me deixando louco
Mas só faz o que me faz feliz
Postado por Rangel Castilho às 08:23 0 comentários
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Nas Curvas de Seu Prazer - Modinha do Amor Fingido...
Morena dos olhos fingidos
Morena do beijo gostoso
Seu mal é brincar comigo
Meu mal é seu corpo cheiroso
Morena não tem mais jeito
Eu já não posso esconder
Morena eu to perdido
Nas curvas de seu prazer
Morena eu tentei correr
Pra longe de teu feitiço
Morena eu fui me entregar
Pra esses olhos fingidos
Se existe felicidade
Eu não posso lhe dizer
Eu vivo essa maldade
Que é gostar de você
Postado por Rangel Castilho às 14:41 0 comentários
Haiku - A Luz...
A leitura
Desarmou o bruto
Houve lucro.
Postado por Rangel Castilho às 14:40 0 comentários
Haiku - Encontrão...
Amor à primeira vista
Sem guarda-chuva;
A chuva precipita.
Postado por Rangel Castilho às 14:36 0 comentários
domingo, 28 de outubro de 2007
Haiku - Pra Vida Inteira...
O mal e o bem,
Viagem do mesmo trem.
Postado por Rangel Castilho às 11:26 0 comentários
Haiku - Tudo Se Transforma...
Um vento virador
Virou roma
Que virou amor
Postado por Rangel Castilho às 11:23 0 comentários
Entre a Lua e o Sol e as Razões de um Post Scriptum
Se aluado,
não me prendem convenções.
Luz do sol fico amuado,
descaboclo,
civilizo...
Aluado fico sábio:
lavro traços temperados.
Luz do sol imbecilizo.
Terno preto, encalacrado.
Post Scriptum: Mortifico.
Postado por Rangel Castilho às 11:19 0 comentários
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Sem Saber Dizer - E A Palavra Consola
Palavra não há de explicar
As coisas de meu coração
Palavra não sabe contar
Revelar essa minha paixão
Palavra não tem sedução
Palavra não deixa eu falar
Palavra não tem emoção
Palavra só me faz calar
Palavra é só um caminho
Que a gente pode escolher
Nessa estrada eu sigo sozinho
Porque eu nunca soube dizer
O quanto lhe tenho carinho
O quanto lhe tenho querer
Postado por Rangel Castilho às 19:27 0 comentários
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Odores - Mil Maneiras de Provocar...
Em mil canções te procurei
Em mil poemas quis te inventar
Em mim, florais de te querer
Em ti, brinquedos de se ocultar
Em mil pedaços me espalhei
Em mil buracos a te procurar
Em mim, perfumes de te envolver
Em ti, joguinhos de provocar
Em mil carinhos me fiz paixão
Em mil maneiras de te amar
Em mim, odores de teu tesão.
Em ti, prazeres de se entregar...
Postado por Rangel Castilho às 09:31 1 comentários
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Por Teu Amor - Já Nem Sei O Que Faço...
Por teu amor
Luz que Deus me deu
O céu se fez azul
Feito a cor dos olhos teus
Por teu amor
Pesquei estrelas pra te enfeitar
Por teu amor
Me fiz aquarela pra te colorir
Por teu amor
Sou um barco a vela pra te navegar
Por teu amor
Me fiz passarinho pra te ver sorrir
Por teu amor
Chorei tanta lágrima e enchi o mar
Por teu amor
Me fiz calor pra te aquecer
Por teu amor
Acordei o sol pra te iluminar
Por teu amor
Me fiz abraço pra te envolver...
Postado por Rangel Castilho às 07:23 0 comentários
sábado, 20 de outubro de 2007
De sentimentos - E Seus Temperos...
Não, não me traga noticias de lá
Que eu te quero afiada
Como ponta de espada
Pra quando eu voltar
Não, não me diga mais nada
Que eu te quero danada
A me seguir nessa estrada
Até um dia eu chegar
Saudade,
Já lhe fiz tempero
Já virastes sustento, feito alimento
E é quase um desespero, um entrevero
Se não te sinto cá dentro...
Postado por Rangel Castilho às 06:51 0 comentários
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Uma Flor em Botão - Uma Rosa de Adeus...
Dentro de teus olhos tem um segredo
Uma casca grossa de vazio e solidão
Um esbranquiçado de velhos medos
Uma confidência cultivada em devoção
Dentro de teus olhos tem um amor
Uma janela que o tempo emperrou
Nenhuma palavra de partida e dor
Uma história que nunca acabou
Dentro de teus olhos tem uma flor
Uma rosa vermelha em botão
Deixada na cama sobre o cobertor
Nenhuma palavra de explicação.
Postado por Rangel Castilho às 05:36 0 comentários
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Palavras Na Boca – Tudo O Que Eu Sinto Por Você...
Não, não me ponha palavras na boca
Essas coisas tão loucas
Em que você quer acreditar
Em meu ouvido é tão bom
Ouvir tua voz rouca
O teu umbigo beijar
Tirar a tua roupa
Mas não me ponha palavras na boca
Mas não me ponha palavras na boca
Pra você é tão fácil
Para mim é impossível dizer que te amo
Não que eu seja insensível
É que palavras nunca irão dizer
O que eu sinto por você
Então não me ponha palavras na boca
Não, não me ponha palavras na boca....
Postado por Rangel Castilho às 05:54 0 comentários
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Olhos Pra Ver - Arco-Íris No Céu...
Brincadeira de aquarela imaginária!
Um céu de pandorgas
As águas salgadas do mar
As balas de aniz, tão gostosas
Calça jeans sem desbotar
Roupa de criança na chuva
Botina de ir trabalhar
Mancha de café na blusa
Um chocolate no bar – marrom.
Um carro de bombeiros
Sinal que me faz parar
Uma luz em frente ao puteiro
O sangue no corpo a pulsar
É a vida por preservar
Mata que devemos proteger
Árvores que precisamos plantar
Natureza que vamos defender – verde.
Bandeira da paz tão sonhada Bandeira da paz tão sonhada
Roupa de médico e enfermeiro Roupa de médico e enfermeiro
Ambulância que passa apressada Ambulância que passa apressada
Sapato de macumbeiro – branco. Sapato de macumbeiro
Um carro de funerária
Gato que nunca dá azar
Vestido que nunca falha
Aquele sapato de casar
A bicicleta do carteiro
Mamão na hora de colher
Pintinho novo no galinheiro
O sol quando vai nascer
O rosto da moça envergonhada
O tom do banheiro feminino
A flor da mulher amada
O palácio do governo argentino
1 - AZUL
2 - MARROM
3 - VERMELHO
4 - VERDE
5 - BRANCO
6 - PRETO
7 - AMARELO
8 - ROSA
Postado por Rangel Castilho às 15:04 0 comentários
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
E O Frio Dissipou - Foi Embora Quando Você Chegou...
O frio, que era meu destino
Dissipou, feito tristeza vê palhaço
Feito burro de menino
Igual distância vê atalho
O frio, que era um irmão
Foi-se embora, como escuro na aurora
Feito sabão no enxágüe da mão
Feito bola de sabão que estoura
O frio, que era todo meu açoite
Foi embora ao sentir seu olhar,
Fez-se dia claro o que sempre foi noite.
Tua luz me ensinou a amar...
Postado por Rangel Castilho às 07:18 0 comentários
Dados Lançados - Azar no Amor...
E a declaração em versos rimados.
E o perfume exalando em flor.
E o desenho dos corações cruzados.
E a última frase dizendo amor...
E o menino que leva a doce carta.
E tão distraído, erra de portão.
E quem recebe é a pessoa errada.
Que fica lívida com tanta paixão...
E que aconteceu como foi combinado.
E que fiquei esperando o amor.
Eis que então chega o menino distraído,
E me diz tão comovido:
- Eu sinto muito, Senhor.
Mas seu pedido, a madame recusou...
Postado por Rangel Castilho às 07:15 0 comentários
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Eu Sei - Se Um Dia Acontecer...
Você vem assim do nada
Chega invade o meu espaço
Diz que está apaixonada
E se joga em meus braços
Você vem assim danada
Quer-me sempre para ontem
Vive numa pressa avoada
Diz que eu sou o seu homem
Você vem assim aluada
Coisa bela solta no ar
Lua nova – luar de prata
Coisa boa a me iluminar
Se um dia
Você não vier
É por que, eu sei,
Você virou mulher...
Postado por Rangel Castilho às 08:51 0 comentários
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
l984 - Me Deixa Viver...
Sei lá
Coisas pra lá de estranhas acontecem
Quando a gente quer sonhar
Há um controle invisível
Que não nos deixa respirar
Você tem cinco decibéis para cantar
Tem o espaço que eu te der para usar
Nessa esquina você não pode parar
(Ligue o rádio e eles dizem o que você tem que escutar)
Você tem cinco crediários pra pagar
Sem um cadastro você não pode ficar
Sem fiador você não pode comprar
(Ligue para a proteção ao crédito e me deixe confirmar)
Postado por Rangel Castilho às 16:22 0 comentários
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Minha Rendição - Nem Queria Me Apaixonar...
Foi algo discreto
Uma bomba atômica sem som
Acabou comigo
E tudo que estava por perto...
Foi um tsunami
Uma onda atônita sem água
Arrasou comigo
E toda geral foi unânime.
Fui voto vencido
Entreguei-me sem oposição
Sem nunca ter combatido
Declarei minha rendição...
Postado por Rangel Castilho às 18:06 1 comentários
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Somos - A Mesma Coisa Em OutroLugar...
Doce como se fosse mel
Somos como um sinal
Tal qual mineral
Sal ao vento no céu
Que se une
Em que se funde
Vento e movimento
Dispersam e não dissipam
Do coração não cessa
A batida apressa
E tudo reafirma
Foi partida
Foi regresso
Foi tão perto
Foi minha sina
Amor intenso
Amor imenso
Que não suporta tempo passar
Quer encontrar
A mesma coisa em outro lugar.
Postado por Rangel Castilho às 08:31 0 comentários
Somos - A Mesma Coisa Em OutroLugar...
Doce como se fosse mel
Somos como um sinal
Tal qual mineral
Sal ao vento no céu
Que se une
Em que se funde
Vento e movimento
Dispersam e não dissipam
Do coração não cessa
A batida apressa
E tudo reafirma
Foi partida
Foi regresso
Foi tão perto
Foi minha sina
Amor intenso
Amor imenso
Que não suporta tempo passar
Quer encontrar
A mesma coisa em outro lugar.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Ta Dormindo Cá Dentro Entre Flores De Acácia, Estranho Sentimento...
To chovendo cá fora
Ta dormindo cá dentro
Entre flores de acácia
Estranho sentimento
Ressurge do nada o sol
Acorda o firmamento
Acorda dormindo a dor
Cresce feito um fermento.
Escuto bater a porta
Congela o momento
Será que findou a espera?
Será que findou o tormento?
A porta se cala em paz
A casa está em silêncio
Ta chovendo lá fora
Fez brotar sofrimento
Saudade que sinto agora
Ta doendo cá dentro...
Postado por Rangel Castilho às 07:50 2 comentários
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Legado – Que Apaixone-se, Sem Medidas...
Que apaixone-se embriagadamente
Que em vinho e mel se lambuze
Que um céu de cores quentes
- acalente mais o sentimento
Que perca-se em gozo lentamente
- até perder os sentidos.
Que apaixone-se, sem medidas
Que em troca dê a vida completamente
Que o dia traga magia
- e que as noites espalhem estrelas
Que se reconheça infantil e demente
- pois quem ama só sabe
e sente que ama
Postado por Rangel Castilho às 20:18 0 comentários
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Quebra Cabeça - Brinquedo De Encaixe...
Aprendi que sou bem mais,
Em tempos de guerra,
Sou tua paz.
Sou uma parte,
A melhor que te cabe
Como um quebra-cabeça,
Um brinquedo de encaixe.
Postado por Rangel Castilho às 18:21 0 comentários
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Essa Noite - Meu Final, Meu Recomeço...
Essa noite
Você é meu endereço
Meu final, meu recomeço,
Meu destino pra cumprir.
Essa noite
Em teu colo adormeço,
Já não tenho mais segredos,
Já não quero mais fugir.
No escuro dessa noite
Minha alma está presa a você
Teu veneno é um beijo doce
Embriaga-me de puro prazer
Essa noite
É o fim de todo medo
Sem limites ou conceitos
Quero estar junto a você
Essa noite,
Nosso amor, nosso desejo
São maiores que os erros
E tudo pode acontecer
Postado por Rangel Castilho às 08:43 0 comentários
terça-feira, 25 de setembro de 2007
O Tempo - Eterno Recomeço...
O relógio que avança aos segundos,
Um a um,
Revela a eternidade do tempo:
Essa imensa grandeza arquitetada grão a grão,
Arrastando civilizações, povos e culturas.
Espremendo a seiva do homem,
Purificando a essência da humanidade,
Segue o tempo.
O tempo, deteriorização do imperfeito,
A transmutação do verme:
A lagarta na mais bela borboleta.
Tempo é eliminação.
O tempo é a incrível marca invisível do não se sentir satisfeito.
Tempo é dinâmica.
Tempo é a plenitude do nada,
Onde tudo se finaliza e recomeça.
O tempo são duas forças eqüidistantes,
Elásticas, distendidas, incorporadas que são,
Por não existir uma sem a outra.
Uma agrega: encaixando desordenadamente aquilo que vaga no universo,
Materializa, unindo campos incompletos.
A outra altera, recompõe e reordena.
Uma brutaliza, a outra lapida.
O tempo existe tal como o silêncio.
Algo inerente a todas as coisas e atos,
Mas que não se concretiza,
Porque já está lá.
Tal como o tempo,
O silêncio é a intervenção,
Já sendo o todo.
É a síntese onde tudo se conceitua,
Planeja e constrói,
Como também que danifica,
Destrói,
Propiciando assim um eterno recomeço.
Postado por Rangel Castilho às 06:38
Não Me Peçam Pra Cantar - Mais Uma Canção De amor...
Não me peçam pra cantar
Mais uma canção de amor
Se meu pobre peito sofre
Com a lembrança do seu toque
Com a fragrância de tua pele
Perfume da mais linda flor
Não me peçam pra cantar
Mais uma canção de amor
Se meu peito está calado
Com a falta dos afagos
Está de olhos marejados...
Em gotas de profunda dor.
Postado por Rangel Castilho às 06:21
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Anjos Sapecas - Pulando Janelas...
(... Para as mulheres
Travessas e discretas,
Anjos do meu Brasil.)
(E para todas as janelas abertas...)
Meu anjo safado
De cachos dourados
Menina sapeca
De olhos tão claros
Meu anjo mestiço
De olhos puxados
Anjo do oriente
De lábio encarnado
Minha bela negra
De cabelo enrolado
Meu anjo invocado
Pulando janelas
Menina moleca
Sabor de pecado
Pulando janelas
Meu anjo invocado
Postado por Rangel Castilho às 10:19
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
O Dia – Um Quadro Por Pintar...
Tela em branco é o dia
Paleta cheia de cores
Cada ser é um artista
Cada qual com seus valores
Traço eu,
Leves traços
Tons suaves
Sem ser fraco.
De minha parte quero a paz
Quero amor por onde passo...
Postado por Rangel Castilho às 06:07
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Escuro – Só A Alma Do Menino...
Brota uma arma na mão do menino
E a tarde esvazia
Esfria a rua como vento de inverno
Seus olhos medrosos refletem nos meus
Minha vida repasso em segundos
Uma bala atravessa o vidro
Bate em meu peito feito um tambor
Um tum-tum-tum batuca ao longe
O horizonte desmancha em suor
Não vejo o caminho
Só o escuro da alma do menino.
Postado por Rangel Castilho às 07:45
domingo, 16 de setembro de 2007
Você – Um Suicídio Poético...
És um labirinto.
Permeio perdido em ti,
Quanto mais caminho...
És um poemeto.
Arremedo de suicídio poético
Que sempre cometo.
Quanto mais caminho.
Quanto mais te vejo...
Postado por Rangel Castilho às 11:19
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
O Tempo – O Remédio E O Veneno...
Tolos mortais
Inventam remédios
Pra viver mais
Doce veneno
Em doses letais
É a agulha do tempo...
Postado por Rangel Castilho às 05:52
Ainda - Descobrir Que Amo Você...
ainda descobrir a luz da manhã.
e o pôr-do-sol em vermelho se despedir.
ainda saber que as janelas são pra te ver,
que olhos são para colorir.
ainda entender um carinho sutil,
como um rio que sempre passou sem eu perceber.
e aí, descobrir que o céu é azul
como nunca pude entender.
ainda sorrir docemente, por nada.
sentar ao pé da escada para ver o dia nascer.
nem perceber que no céu já tem estrelas,
e que é quase madrugada.
ainda descobrir como é bom viver.
que o bom de viver
é acordar com você.
Postado por Rangel Castilho às 05:48
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Sem Amor – O Vazio Já Bastaria...
O que caberia
Em tão parcos versos,
Etéreos e sem alegria?
Na verdade,
Nem a dor,
Nem felicidade
(nobre sentimento).
O vazio já bastaria...
Postado por Rangel Castilho às 06:51
Filho Bom – Tem Nome De Anjo...
Gabriel,
Teu nome clareia.
É como a luz de uma estrela.
Uma lua cheia
No céu.
Postado por Rangel Castilho às 05:49
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Celebrar - Quem Veio Me Ouvir, Aprender E Ensinar...
Celebro os passos que me fizeram trazer
Celebro a estrada
A dura caminhada
A alma empoeirada
De tanto lugar que fiz conhecer
Celebro os calos que me fizeram proteger
Celebro a esmola
A dura escola
A longa rota
De pranto e cantar que fiz cometer
Celebro os atalhos que me trouxeram o lugar
Celebro a humanidade
Gente de pouca idade
Velhos da comunidade
Quem veio um dia me ouvir, aprender e ensinar.
Celebro os tratos a quem dispensou um pernoitar
Celebro a desconfiança
A grande festança
A pureza da infância
Crianças que nunca deixaram de me abraçar
Celebro os percalços, destemperos do caminhar
Celebro a não violência
Celebro a crença
Da não recompensa
Que só o amor poderá nos pagar
Celebro o repasto a que o corpo veio reclamar
Celebro o pão
A maior comunhão
Desprezo a tristeza
De mesas postas
E em resposta: um não
Não temos nada pra dar.
Postado por Rangel Castilho às 10:02
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
A Ave De Rapina – E Um Falso Juramento...
Ave de rapina
Pousou em meu peito
Maculou minha alma
Botou-lhe defeitos
Eu que não minto
Inventei mil histórias
Tropecei em mim mesmo
Sou parte da escória
E assim serei
E não haverá futuro.
(eu já te esqueci)
Eu juro...
Postado por Rangel Castilho às 05:31
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Uma Ancora – E Um Navio Por Zarpar...
De saudade dela
Desci todas as ladeiras
Cai na cachaça
Dormi nas cadeiras
Perdi meus poucos trecos
Eu que nem bebia
Fiz uma romaria
Via crucis de botecos
Conheci os mil puteiros
Carinhei as dez mil putas
Dentre todas a mais louca
Tirou-me a pior culpa
Disse baixinho entre os lençóis
Uma verdade de matar
A saudade é uma ancora
Que não deixa o navio zarpar...
Postado por Rangel Castilho às 16:19
À Primeira Vista – E O Céu É Azul....
Coloriu Rosa-dos-Rumos
Que pelos ares girou
Feito vôo das araras
Feito dança de taquaras
Lá do alto esverdeou
Verdes olhos me fitaram
Teu rosto em desenho de nuvem
E o azul que tinha te dei
Se antes não sabia – madurei
O amor fez dessas coisas
Descortinou o imaginário
Revelou-se sentimento
Descobri o encantado
Postado por Rangel Castilho às 16:17
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Haiku - O Leite Derramado...
Depois de morto
Não quero reconhecimento
Só uma lápide de cimento...
Postado por Rangel Castilho às 04:35
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Doador – Porque Alguém Precisa...
A cor,
minha preferida:
( é da cor
da dor ).
Vermelho - é a cor da vida...
Postado por Rangel Castilho às 04:37
domingo, 2 de setembro de 2007
Morrer – É Pra Quem Fica...
O tempo te leva há tempos
Um pouco a cada dia
És pó,
Esvaindo entre as frestas,
Escapando em agonia.
Tanta chuva ainda vai chover
Vou cruzar tantos janeiros
Até esquecer de você,
Até ires por inteiro...
Postado por Rangel Castilho às 05:32
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Teu Beijo - Um Gosto De Adeus No Fim...
Talvez nem fosse bom
Eu me entregar tanto assim
Teu beijo é bom
Mas - tem um gosto de adeus no fim
Talvez nem fosse bom
Ter seu telefone de cor
Ouvir tua voz é bom
Mas ouvir a linha ocupada é pior
Postado por Rangel Castilho às 08:29
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Jurei Amor – E Tudo Quer Dissimular...
Desconfio da areia branca
Desconfio do azul do mar
Desconfio de beleza tanta
De tudo que quer dissimular
Desconfio da luz matinal
Desconfio de a noite cair
Desconfio até do pôr-do-sol
De tudo que quer me distrair
Jurei-te e não mudo
Amar até morrer
Desconfio de tudo
Que não seja você.
Postado por Rangel Castilho às 14:36
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Eu Conheço Essa Magia – Essa Emoção Primeira...
Eu conheço essa magia,
Esse arrepio que corre a pele,
Essa emoção primeira,
Primeiro amor,
Esse brilho de estrelas
Que dá esse calor.
Sei que pode ser amor...
É paixão,
Esse empurrão,
Essa vontade de te ver.
A sensação,
O coração
Faz a gente se entender.
Quase certeza que eu posso voar... até você.
Postado por Rangel Castilho às 18:36
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Um Ponto De Restauracão E O Medo De Não Estar Vivo
palavra, não!
nem imagem,
nem ilusão..
tudo está em branco...
busco na alma
reflexos,
indícios,
um ponto de restauração..
saudade de sentir dor,
certeza de estar vivo...
Postado por Rangel Castilho às 06:51
domingo, 26 de agosto de 2007
Prisioneiro - Adormeço Agora...
Submisso jardineiro
De tua flor prisioneiro
Colho a dor
Oh! Rosa!
Adormeço agora
Amanhã quem sabe o orvalho
Úmido de lágrimas
Faça de ti lavada alma
E esqueça
De esquecer-se de mim
Postado por Rangel Castilho às 10:17
sábado, 25 de agosto de 2007
O Beija-Flor – E Um Milagre Do Amor...
Beija-flor se enamorou
Por uma flor de plástico
Perdido de amor
Em eterna e derradeira espera
Ficou ali, suspenso no ar – estático
Bela flor se encantou
Com esse amor tão trágico
Emocionada nem notou
Nasciam-lhe verdadeiras pétalas
Ficou ali, a desabrochar – nesse amor mágico...
Postado por Rangel Castilho às 15:17
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Ventou Primavera – Mudou De Estação...
Vento chamou pra brincar
Veio arrastando setembro
Jogou as flores no ar
Pôr-do-sol pintou de vermelho
Ventou mudou de estação
Pintou tudo de azul
O frio que tava no inverno
Vento ventou para o sul
Vento me deu de presente
A primavera mais colorida
Abri a janela de casa
Vento agora é só uma brisa...
Postado por Rangel Castilho às 09:26
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Nossos Momentos - Frio Só O Tempo...
Por fim nem percebi
Agosto então se foi
Metido em cobertores
Perdido em nós dois
Invadiu setembro
Ia um tempo atrasado
Nosso amor contagiou
Esse mes tão avoado.
Postado por Rangel Castilho às 11:18
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Amor E Ódio - Alma Gêmea Com Pimenta...
Sou refém de seus olhos
Nada quer me traduzir
Se colho uma flor
Te ofereço espinhos
É amor
E ódio mesquinho
Tudo quer me dividir
Sou refém desses olhos
De uma dor que me faz consumir
Se me perco e adormeço em teus braços
Não demora quero te ver partir
Somos feras entrando no cio
O instinto de um predador
A paixão presa por um fio
Somos guerra sem ter vencedor
Postado por Rangel Castilho às 07:17
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Nosso Olhar – Você De Mel E Eu De Mar...
Gota de Mel
Luz de teus olhos claros
Lambuza meu ser
Faz-me adocicado.
Gota que cai
E esparrama suave
Minha inteira entrega
No ocaso que invade
Faz-me cerrar amoroso
Minhas janelas de mar
Faz-me ancoradouro
Sem mais querer velejar...
Postado por Rangel Castilho às 07:13
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Sem Contar O Tempo – Penso Em Você...
Assisti o dia
Porque não conto o tempo...
(vi a poesia solta pelo vento,
só não vi as rimas e seus contratempos).
Se eu contar as sílabas
Vou contar o tempo
E assistir o dia
Domar meus pensamentos...
Postado por Rangel Castilho às 05:26
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Teu Olhar – Nascimento e Morte...
Teu olhar fez-me perder
Num ocaso obsceno
Num portal de outros mundos.
(...por poucos segundos
pensei morrer...)
Teu olhar fez-me perder
Em seus traços
Tez morena
Deusa de tantos mundos.
(...por poucos segundos
pensei nascer...)
Postado por Rangel Castilho às 04:23
domingo, 12 de agosto de 2007
No Fim Do Dia - As Lágrimas São Tão Geladas...
No fim do dia - as horas são avermelhadas
São brasas de uma fogueira - acesas em meu coração
No fim do dia - a vida é quase nada
No fim do dia - as lágrimas são tão geladas - se você não vem
No fim do dia - as horas são como estradas
Viajo em meu pensamento - te busco em minha solidão
No fim do dia - as horas estão atrasadas
E a vida é quase nada - sem alma e sem emoção
No fim do dia - a vida é quase nada
E as lágrimas são tão geladas - se você não vem...
Postado por Rangel Castilho às 07:00
sábado, 11 de agosto de 2007
Você - Num Sol Quente De Meio-Dia...
Um pouco mais
E a lua não aparecia
Por um segundo
E a noite já ficava nua
Por muito pouco
Era madrugada
Foi só te encontrar
Foi ver você
Pra tudo mudar
Pra tudo acontecer
Depois de você
O dia pode clarear
Em plena noite de poesia
Depois de você
Lua vai clarear
Num sol quente de meio dia
Postado por Rangel Castilho às 12:45
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
No Vão Das Palavras - O Calor De Teu Silêncio...
Tua doce companhia
Reclinada sobre a paz
Sem alarde me socorre
Perdido em tantos ais
Saudade de meus amores
Meus dias de nunca mais
Ausência calculada
Em desvelos do amor
Poesia no vão das palavras
Como janelas em um corredor
Como tapetes no piso da sala
O calor de teu silêncio
O ardor de uma frase
Uma dor que só me arde
Se não te tenho um só momento...
Postado por Rangel Castilho às 07:28
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Você – E O Que Preciso Dizer...
Você meu caminho de lua
Meu banho de rio
Você meu colar de estrelas
Meu doce ninho macio
Você minha brisa da tarde
Você meu vento do sul
Você meu tesouro pirata
Você minha arara azul
Postado por Rangel Castilho às 06:04
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Encantado - Fico Assim Perdido Em Mim...
Busco um tesouro guardado
Roubado em meu peito
Que fica assim desfeito
Sem teus olhos claros
Esse jeito de quem ama demais
E se esconde por trás da palavra
Sorriso largo de não se conter
Num abraço apertado
Finge que vai morrer
É olho encantado
Feitiço de me prender
Fico assim perdido em mim
Seus passos são descaminhos
Atalhos que não tem fim
Postado por Rangel Castilho às 06:20
A Flor E O Sol – De Manhã Em Meu Quintal...
A flor nasceu amarela
Inclinou-se a olhar o sol
Folhas verdes aparando o vento
Perfumado pólen voa em meu quintal
A flor nasceu de manhã
E o sol brilhou só por ela
Raios amarelados
Enamorados pela flor mais bela
Postado por Rangel Castilho às 06:18
domingo, 5 de agosto de 2007
Não Tem Acaso – Esses Versos Apaixonados...
Não tem acaso
Se as tardes se enchem de cores
Se me sinto enluarado
Se o dia amanhece sorrindo
Com ruas cobertas de flores
Não - não tem acaso
Se tudo é azul e canção
Se o sino bate dobrado
Se a flor em botão
Abre a meu lado...
Postado por Rangel Castilho às 09:59
Hoje Não Me Permito Ver As Estrelas...
Se o céu caísse em minha cabeça
Ou o chão saísse de meus pés
Eu não iria notar...
Pedi a ela: me esqueça
Faça o que quiser
Faça tudo,
Menos me amar,
Menos ser minha mulher...
Postado por Rangel Castilho às 09:36
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Copo de Veneno - Com a licença de um amor sem poesia..
Com a licença
De um amor sem poesia
Decerto já não existia
A luz se apaga em mais um ato
Desce a cortina e o teatro se esvazia
Sem mais paciência
Copos cheios de veneno
O amor foi se perdendo
Comida fria sobre a mesa
Só a ausência da alegria
Olhos tristes de chorar
Um sentimento que é tão caro
Tem mais valor quando não há
Mais a certeza de um reparo
Postado por Rangel Castilho às 18:50 0 comentários
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Teu Beijo - Tiro Fatal Pra Me Derrubar...
A porta está sempre aberta
A espera de um sorriso teu
Até seu mau humor me faz falta
Metade de mim entristeceu
A janela escancarada
Na sala só frio e vento
O domingo já não é mais fantástico
Esqueço-me com você no pensamento
Tem você em tudo que vejo
E a saudade me quer ver chorar
Na boca o gosto de teu beijo
É o tiro fatal pra me derrubar...
Postado por Rangel Castilho às 20:44 1 comentários
terça-feira, 31 de julho de 2007
Uma Leve Lembrança - Não Há Mais Fantasmas Nesse Lugar...
Não mais virá o frio de teus olhos
Em negras madrugadas me acordar.
Perdi o medo de dormir sozinho,
Você não mais irá me assombrar.
Seu rosto agora é uma mancha
Nem reconheço sua voz ao telefone.
Só ficou uma leve lembrança
Quando alguém me diz seu nome.
Nas ruas desertas
Em noites geladas de arrepiar,
Vez em quando me pego sorrindo.
Não há mais fantasmas nesse lugar
Postado por Rangel Castilho às 07:38 1 comentários
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Não Fala Nada - Mas Não Cala, É Ruim Calar...
É a palavra
É o dom
Não é o som
Dizer não é falar
Mas não cala
É ruim calar
Diga-me
Não me escuto em você
Não é a palavra
Saber não é falar
Mas não cala
É ruim calar
Fala
Mas não fala nada
Nada fala a palavra sem lavra
Mas não cala
É ruim calar
Postado por Rangel Castilho às 18:46 0 comentários
Esqueci De Você – E Eu Devia Saber...
Não reclama mais
A pele já não pede
Na garganta já não falta ar
Procuro em teus olhos
O que eu devia saber
Uma luz deixou de brilhar no céu
E eu me esqueci de você
Postado por Rangel Castilho às 17:45 0 comentários
Talvez Nem Fosse Bom - Ou Vou Me Arrepender?...
Talvez nem fosse bom
Eu me entregar tanto assim
Teu beijo é bom
Mas tem um gosto de adeus no fim
Talvez nem fosse bom
Ter seu telefone de cor
Ouvir tua voz é bom
Mas ouvir a linha ocupada é pior
Talvez nem fosse bom,
Mas como vou saber?
Só sei que sempre será
O que tiver que ser
O medo vou deixar lá fora
Ou vai ser agora
Ou sei que vou me arrepender...
Postado por Rangel Castilho às 06:35 0 comentários
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Pouco Pigmento - E O Dia Nasceu Morrendo...
Coloquei pouca tinta
Usei pouco pigmento
E o dia nasceu cinza
E o dia nasceu morrendo.
Culpa da verdade
Nuvem de tempestade no olhar
Gota de lágrima
Página rota que não quer virar...
Dia nasceu cinza
E ninguém notou
Que coloquei pouca tinta
Em nosso velho amor.
Postado por Rangel Castilho às 06:52 0 comentários
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Impossível - Tanto Engano Não Ter Fim...
Tanto te amei
Que achei
Impossível seria um dia
Outro amor tão grande assim
Tanto me dei
Que pensei
Nunca acabaria um dia
Numa dor tão grande assim
O que não tinha dei de mim
Me alimentei com alegria
De teu pão
O que eu tinha dividi
Criei em mim mil fantasias
Por teu não
Tanto chorei
Que achei
Impossível seria um dia
Tanto engano não ter fim...
Postado por Rangel Castilho às 12:02 0 comentários
Impossível - Tanto Engano Não Ter Fim...
Te amei tanto
Que achei
Impossível seria um dia
Outro amor tão grande assim
Me dei tanto
Que pensei
Nunca acabaria um dia
Numa dor tão grande assim
O que não tinha dei de mim
Me alimentei com alegria
De teu pão
O que eu tinha dividi
Criei em mim mil fantasias
Por teu não
Chorei tanto
Que achei
Impossível seria um dia
Tanto engano não ter fim...
Postado por Rangel Castilho às 12:02 0 comentários
Com Licença: Tempo é Ponto. Ponto e Vírgula; Reticência......
Tempo é o que não temos.
Escritório, rodoviária e engarrafamento.
Tempo é o que nos sobra.
Aposentadoria, quarentena, eternidade.
É o lado de dentro da hora.
Tempo é atraso, um pouco adiantado.
Fazer hora, demora de espera.
É gaiola,
Um banco de praça,
Um consultório branco, todo sem graça.
O avião que vai partir,
A mulher e seus espelhos.
Um homem e sua cela.
O Tempo é pai de todos.
Fura-bolo, mata-piolho...
Tempo é integral.
Com leite e com açucar.
Doze horas de trabalho.
Hércules limpando o assoalho,
Seria então serão.
Tempo é uma volta cheia,
Que volteia sem parar.
Uma hora é brincadeira !
As vezes é quase um segundo.
Outra hora, uma vida inteira.
O tempo é um tic-tac,
Enfadonho balançar,
Velho cuco me lembrando
Que é hora de acordar.
Paciência!
Com licença:
Tempo é ponto.
Ponto e virgula;
Reticência......
Postado por Rangel Castilho às 11:47 0 comentários
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Silêncio - Quando Acho Lá Em Casa - Surpresa...
Silêncio é pedra rara
Silêncio é arma de inocente
Postado por Rangel Castilho às 14:22 2 comentários
Vampiros - E A Meia_Noite Nos Envolve...
Existem pessoas
Que são incapazes
De ter sua própria vida.
Mórbidas
Não têm centro
Não têm órbita.
São capazes de sugar sua energia
Tirar seu alento.
Como uma droga
Como Vampiros
Vivem de nossa alegria.
Sua proposta é assumir nossa proposta
Responder nossa resposta
Até gostar de quem a gente gosta
Postado por Rangel Castilho às 14:14 0 comentários
terça-feira, 24 de julho de 2007
Não Sei Se Criei - Não Sei Se Copiei...
Primeiro: não ser o primeiro, a não ser por merecimento.
Nunca ser o primeiro se não souber o que está fazendo.
Primeiro: ser o que se gosta, fazer também é de contento.
Primeiro: acordar!
Comemorar o primeiro de janeiro se fôr prá viver o ano inteiro.
Postado por Rangel Castilho às 15:31 0 comentários
Um Desabafo - E A Hora de Lamentar...
voce não é roupa
voce não é carro
voce não é marca
nem é sapato
voce não tem preço
com juros na etiqueta
não tem valor à vista
ou 10 vezes na plaqueta
voce não é cargo
não é profissão
voce não é cara
voce é coração
aparência é nada
é fácil perceber
é escutar sua fala
pra gente entender
voce é só uma casca
e eu sou melhor que voce
Postado por Rangel Castilho às 15:19 0 comentários
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Somos - A Mesma Coisa Em Outro Lugar...
Doce como se fosse mel
Somos como um sinal
Tal qual mineral
Sal ao vento no céu
Que se une
Em que se funde
Vento e movimento
Dispersam e não dissipam
Do coração não cessa
A batida apressa
E tudo reafirma
Foi partida
Foi regresso
Foi tão perto
Foi minha sina
Amor intenso
Amor imenso
Que não suporta tempo passar
Quer encontrar
A mesma coisa em outro lugar.
Postado por Rangel Castilho às 11:18 0 comentários
E A Noite Chora - Fica Comigo A Saudade...
Doces ais ouço de tí
Entre os lençois
Brancos de cetim
Acende a luz do amanhecer
E ilumina a retina
Minha retina que quer te reter
Chega o dia e te leva embora
Fica comigo a saudade
Pela manhã...
Toda a tarde...
Chega a chuva e a noite chora
Postado por Rangel Castilho às 11:08 0 comentários
Poeminha - De Te Querer...
Poesia
São teus olhos claros
Feito dois grandes halos
Verdes como o dia
Poesia
São teus labios doces
Feito branco algodão doce
Beijo que vicia
Poesia
É teu jeito de andar
É a tua alegria
É um sorriso de matar
Poesia
É seu abraço quente
Feito mãe que abraça a gente
Mão que me acaricia
Poesia
Tudo que lembra a tí
Até o sol do meio dia
O grito do bem-te-ví
Bem-me-quer que me sacia
Postado por Rangel Castilho às 08:20 0 comentários
quarta-feira, 18 de julho de 2007
É Um Ritual - A Eterna Luta Entre O Bem E O Mal...
A eterna luta entre o bem e o mal
é um ritual.
é a flôr que brota das pedras,
das pedras que voce arremessa.
é o sol que invade a janela,
das paredes no escuro das celas.
é a vida nos esperando,
dar as costas quando se está partindo,
é um sorriso, uma gargalhada,
é tua lagrima fingida armando uma cilada.
Postado por Rangel Castilho às 12:02 0 comentários
Por Teus Olhos - Viajo Apressado Num Raio de Sol...
Por teus olhos
Viajo no vôo do beija-flor
Por teus olhos
Navego nas águas da chuva que cai
Por teus olhos
Sou asas abertas do belo condor
Por teus olhos
Eu vou de carona no dia que sai
Por teus olhos
Cavalgo em versos rimados
Viajo apressado num raio de sol
Postado por Rangel Castilho às 08:49 1 comentários
terça-feira, 17 de julho de 2007
A Saudade Fuma Muitos Cigarros - E Toma Muito Café...
A saudade fuma muitos cigarros
A saudade toma muito café
A saudade não penteia os cabelos
Nunca toma banho
Nem sabe o que é
A saudade não sabe cantar
A saudade nem sabe sorrir
A saudade não sabe ir embora
Nem morrer
Só fingir
A saudade é dia nublado
Encontro marcado
Com dona tristeza
A saudade é olho molhado
Um sonho acordado
Com tua beleza
Postado por Rangel Castilho às 07:11 1 comentários
sábado, 14 de julho de 2007
São Quatro Janelas - Abertas Aos Quatro Ventos...
São quatro elementos.
São quatro colunas a me dar sustento.
São quatro estrelas no firmamento.
São quatro janelas - abertas aos quatro ventos.
Farol que me guia de volta pra casa.
A vida me é tão rara.
Me deu bons amigos,
Me deu lindos filhos,
Uma companheira que é meu sorriso.
Me fez cantador de muitos talentos
Postado por Rangel Castilho às 10:59 0 comentários
A Primeira Vez - E O Tempo Nunca Esqueceu...
Sussurrou meu nome
E o céu ficou da cor de águas verdes
A brisa balançou o dia quente e derreteu
Marcou em brasa a tenra memória
E o tempo nunca esqueceu
A primeira vez
E as nuvens abriram seus sorrisos fartos
O sol avermelhou as rosas do vento
Imagem se fez sólida rocha
Grudou em meu pensamento
Postado por Rangel Castilho às 10:48 3 comentários
sexta-feira, 13 de julho de 2007
A Última Estrêla, O Último Cigarro, O Último Gole - Porque Tudo Acaba - Adeus...
soluça a última estrêla
numa derradeira embriaguez
na melancolia de garrafas vazias
sobre uma mesa de bar
noite se despede debruçada
em paredes descascadas de um prédio
sombra bêbada que dança na rua
de volta pra casa
soa um acorde em semitom
toca dor magoado de mal de amor
e um último suspiro profundo
traz de volta seu perfume
e na fumaça do cigarro
vejo teus olhos bem junto aos meus
e tua boca quase sorve
uma teimosa lágrima de adeus
Postado por Rangel Castilho às 07:28 0 comentários
Eu Sou Só A Metade, Eu Sou Só A Resposta...
Sou aquele que voce não quer tocar
Aquele que voce não quer olhar
Sou aquele que voce não quer aceitar
Aquele em que voce nem quer pensar
Eu sou teu mêdo
O seu mais disfarçado segredo
Eu sou teu instinto
O seu mais escondido prazer
Eu sou só a metade
A outra parte é voce
Eu sou só a resposta
Do que voce quer saber
Postado por Rangel Castilho às 06:08 0 comentários
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Sol Maior - De tão Meu - Verdade...
Sol maior pra dizer de voce
Uma canção que faça voar...
Versos roubados ao coração.
Como se fosse possível explicar.
De tão grande: infinito
De tão bom: necessidade
De tão sincero: bonito
De tão meu: verdade
Postado por Rangel Castilho às 13:59 0 comentários
Um Novo Começo
E a vida nos convida a esquecer velhos sonhos. Sonhos envelhecem? Até que novas portas ou velhas portas, nunca dantes notadas, se perfilem à nossa frente, e a volta parece impossível. Estamos definitivamente seguindo em frente. Conhecendo novos lugares. E gente! Gente nova! Vamos esquecer de coisas velhas! De preferência idéias velhas!
Aos que começam comigo, obrigado! Aos que deixo para tras, foi inevitável!!
E a vida nos convida a antever belos sonhos...
Postado por Rangel Castilho às 13:34 0 comentários