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terça-feira, 25 de setembro de 2007

O Tempo - Eterno Recomeço...

O relógio que avança aos segundos,
Um a um,
Revela a eternidade do tempo:
Essa imensa grandeza arquitetada grão a grão,
Arrastando civilizações, povos e culturas.
Espremendo a seiva do homem,
Purificando a essência da humanidade,
Segue o tempo.
O tempo, deteriorização do imperfeito,
A transmutação do verme:
A lagarta na mais bela borboleta.
Tempo é eliminação.
O tempo é a incrível marca invisível do não se sentir satisfeito.
Tempo é dinâmica.
Tempo é a plenitude do nada,
Onde tudo se finaliza e recomeça.
O tempo são duas forças eqüidistantes,
Elásticas, distendidas, incorporadas que são,
Por não existir uma sem a outra.
Uma agrega: encaixando desordenadamente aquilo que vaga no universo,
Materializa, unindo campos incompletos.
A outra altera, recompõe e reordena.
Uma brutaliza, a outra lapida.
O tempo existe tal como o silêncio.
Algo inerente a todas as coisas e atos,
Mas que não se concretiza,
Porque já está lá.
Tal como o tempo,
O silêncio é a intervenção,
Já sendo o todo.
É a síntese onde tudo se conceitua,
Planeja e constrói,
Como também que danifica,
Destrói,
Propiciando assim um eterno recomeço.