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sexta-feira, 1 de julho de 2016

O TUCANO E MINHAS GOIABAS...



Parece uma matraca
Chega e alvoroça a manhã
Veio de olho em minhas goiabas
Olhos brilhando qual aldebarã

A goiabeira nasceu assim
Sem eira nem beira trazida por um seu
Caiu ao solo a semente, achou amparo
aquietou-se, despertou, floresceu

Esse tucano é velho conhecido
Visita também o vizinho e suas bananeiras
Faz um alvoroço, tem medo de perder o pescoço
Só começa a comer quando sente firmeza

A goiabeira esse ano estava feliz
Produziu belos frutos, doces pecados
Tão bem fez que virou chamariz
De tucanos, sabiás e periquitos mal educados

Os periquitos, esses bagunceiros
Além de comer toda a produção
Fazem um alvoroço, uma algazarra
E a sujeira esparrama pelo chão

Eu aqui, de minha varanda
Sigo o voo, viro pássaro imaginário
Ao morder uma goiaba madurinha
Sigo o mesmo itinerário...




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