A ultima pétala da flor caiu, como uma bomba atômica
Seu pólen, sua cor caem ao chão inaugurando uma época triste
O sol que brilhava para sua fotossíntese ficou sem porquê
O solo que lhe dava energia enfraquece, empobrece, então desiste
A morte chega e leva a tudo sem um adeus sem um até mais
Os pássaros mudos e apáticos há muito tempo pararam de voar
As nuvens estáticas sem o vento derretem suas ultimas gotas de água
O ar começa a pegar fogo, e tudo que era vivo começa a se dissipar
O horizonte, antes vermelho pelo por do sol, é só fogo rubro
Que queima as florestas e campos e cidades inteiras, levando pro céu
O sol esquenta o planeta e os mares evaporam, e as montanhas choram
Os rios que antes corriam são como valas fúnebres ao léo
Não há saída para os animais, tudo definha em cinza e preto e carvão
Tudo o que era belo na natureza decompõe, desmancha e se prosta sem vida
Ao longe um som diferente, pouco mais além, no céu um grande clarão
É a presença de gente, é a fuga do chamado homem em uma grande nave colorida
Vão todos os sobreviventes os escolhidos, vão destruir outro planeta
Vão em busca do novo, um novo lar, vão acabar com outras guaridas
Ele segue como um Deus, Ele, um verme, insaciável, uma barata e sua vereda
Segue sua trilha de destruição, de morte, predando o que chamamos de vida...
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quarta-feira, 5 de setembro de 2018
O Homem - Uma Barata E Sua Vereda...
Postado por Rangel Castilho às 08:58 0 comentários
AS CHUVAS DO CALENDÁRIO
As chuvas
obedeceram o calendário
E dezembro estava
molhado – como sempre esteve
Tudo o que não
nascia estava brotando
Tudo o que era
poeira estava verde
As chuvas caíram de
nuvens baixas
As águas desceram
das serras azuis – carregando tudo
As águas ganharam
as calhas dos rios
E o rio ganhou o mundo
Postado por Rangel Castilho às 08:13 0 comentários
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