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sexta-feira, 10 de abril de 2009

A História - Do Princípio até Agora...

Peço sua benção palavra minha mãe
Lavra da civilização
Peço sua benção ao toque dos sons em minha boca
Letra das canções

A benção luz do dia sobre o homem
Poesia em carne viva no princípio
Sacrifício dos raros escribas
Viva escritores do tempo que passou

Palavra me torne imortal
No papel que foge ao vento
Nas noites de causos e encantamentos
Histórias que viajarão

Peço sua benção minha mãe palavra
Criador e criatura de joelhos
Peço sua benção ao toque dos sons em minha língua
Cumprindo as previsões...

Uma Flor em Botão - Uma Rosa de Adeus...

Dentro de teus olhos tem um segredo
Uma casca grossa de vazio e solidão
Um esbranquiçado de velhos medos
Uma confidência cultivada em devoção

Dentro de teus olhos tem um amor
Uma janela que o tempo emperrou
Nenhuma palavra de partida e dor
Uma história que nunca acabou

Dentro de teus olhos tem uma flor
Uma rosa vermelha em botão
Deixada na cama sobre o cobertor
Nenhuma palavra de explicação.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Daqui pra Sempre - Semear a Semente...

Daqui pra sempre
Olhos só te abraçarão
Em noite fria serão quentes
Só te verei com o coração

Daqui pra sempre
Mãos são pra te afagar
Pra te conduzir em frente
Só vou te prender no olhar

Daqui pra sempre
Coração pulsará em amor
Sentimentos serão semente
Sem ódio o peito não saberá a dor

Daqui pra sempre
Lágrimas serão tão raras
Passagem de estrela cadente
Silêncio em nossa sala

sexta-feira, 3 de abril de 2009

É vendaval – vento que tomba castelos
É força que desvia naus
Despenteia meus cabelos

É furacão – movimento que gira mundos
É força que faz tração
Desfaz tristeza em segundos

É terremoto – chão que sacode fortalezas
É invasão em passos furiosos
É tudo isso teu sorriso de princesa

É meu socorro
Sons que cortam os céus
Tudo faz que quase morro
Ouço ao longe – bel, bel, beleleo...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sem Teus Olhos a Me Cuidar - Sou Sereno Sem Molhar...

Sem teus olhos a me cuidar
Sou nevoeiro sob o céu
Desenho de Ícaro pelo ar
Perco as asas de papel

Sou andarilho sem lugar
Contra o vento vou ao leo

Sem tuas mãos a me acenar
Sou poeira pela estrada
Porto seco a naufragar
Sou areia que se espalha

Sou sereno sem molhar
Sou o pó da caminhada